Vale de Figueira é uma povoação portuguesa do Município de Tabuaço que foi sede da extinta Freguesia de Vale de Figueira, freguesia que tinha 4,71 km² de área e 146 habitantes (2011), e, por isso, uma densidade populacional de 31,0 hab/km².
Enquanto aldeia e com alguns traços beirãos, já existia no séc. XIII. Encontra-se rodeada por belos campos onde se cultiva o centeio, lavram-se as hortas e apanha-se a baga do sabugueiro. Diversas figueiras, que justamente emprestaram o nome à povoação, ladeiam os caminhos.
Para os apreciadores da arqueologia portuguesa, é interessante notar que alguns tesouros arqueológicos têm sido encontrados nesta freguesia, como por exemplo uma cabeça de guerreiro esculpida em granito, provavelmente da Idade do Ferro, o lagar romano/medieval do Negrio, ou ainda a Estátua-Menir do Alto da Escrita, esculpida provavelmente entre o Período Calcolítico e a Idade do Bronze.
Há dados que comprovam que no século XIII Vale de Figueira já existia como aldeia. A Igreja matriz, de invocação a Nossa Senhora da Apresentação, no entanto, só foi construída no séc. XVII, sofrendo obras sucessivas desde o séc. XVII ao séc. XIX. A sua arquitectura é tipicamente religiosa, maneirista, barroca e rococó.
O cruzeiro de Vale de Figueira é datado de 1697 e está inserido no muro que delimita o adro, mesmo ao lado de uma fonte oitocentista.
Ainda nos séculos XVIII e XIX era designada Vale de Figueira-a-Nova. No século XVI estava integrada no couto de Leomil, estando sujeita, paroquial e administrativamente, ao concelho de Chavães, até 1834. Passou depois para a jurisdição administrativa de Barcos até à sua supressão pelos Decretos de 10 de Outubro de 1844 e 24 de Outubro de 1855. A constituição da freguesia deu-se no século XVIII. A paróquia de Vale Figueira data de finais de 1764. Pertenceu ao extinto concelho de Barcos e, seguidamente, ao actual concelho (atual município).