Valburga nasceu cerca de 710 no Reino de Wessex, no sul da atual Inglaterra, de uma rica família anglo-saxã.[2] Era parente de missionários como São Bonifácio — conhecido como o Apóstolo da Alemanha — e Santa Lioba. Seus irmãos, São Vilibaldo (700–787, primeiro bispo de Eichstätt) e São Vunibaldo (701–761), também foram destacadas personalidades religiosas.[2]
A formação religiosa de Valburga foi realizada num convento anglo-saxão. Seguindo o exemplo de seus irmãos, Valburga partiu da Inglaterra na metade do século VIII e estabeleceu-se na Alemanha como missionária, numa época em que a cristianização do norte da Europa ainda não era completa.
Em 761, quando morre seu irmão Vunibaldo, que era abade do convento beneditino de Heidenheim, Valburga assume o cargo de abadessa. A partir de então aquele passou a ser um convento duplo, com uma parte para homens e outra para mulheres, seguindo o modelo dos conventos anglo-saxões.[2]
O dia 25 de fevereiro de 779 é considerado o dia de sua morte. Entre 870 e 879, por ordem de Orkar, bispo de Eichstätt, seus restos foram trasladados de Heidenheim ao Convento de Eichstätt, onde passou a ser venerada como santa.[3]
Veneração
No Martirológio Romano seu dia consagrado é o 1.º de maio, mas na Ordem Beneditina é o 25 (ou 26) de fevereiro.[1] Seus restos descansam na Abadia de Santa Valburga em Eichstätt (Alemanha), mas parte de suas relíquias foram levadas a Colônia, Antuérpia e outros lugares. É a santa patrona da Antuérpia, Eichstätt e Groninga, entre outras localidades.[1] É considerada protetora contra a raiva e tempestades pelos fiéis.[1]
A noite da véspera de um de seus dias consagrados — 1.º de maio — é chamada Noite de Santa Valburga (em alemãoWalpurgisnacht; sendo que há vários nomes regionais neste idioma para este evento[4]). Segundo as lendas, nessa noite celebram juntos bruxas e demônios. No norte da Europa a Noite de Valburga é até hoje uma festa popular, celebrada com danças, fogueiras e festejos.