Bem, bem...
Vamos dar início ao "estudo" daquilo que já está ali...
A introdução me parece longa demais; nas técnicas de redação a introdução deve ser a última coisa a ser escrita, pois ela apresenta um resumo daquilo que vem a seguir; claro que isto não é uma regra para verbetes, mas mesmo assim, acho que pode-se dar uma grande enxugada, como aliás creio já esteja no próprio verbete...
A temática me parece forçar o verbete a abordar alguns itens que não sei se têm tanta importância enciclopédica; por outro lado vejo que um importantíssimo aspecto da vida literária do Machado está esquecida: a crítica, tanto literária como de teatro; para termos uma idéia, no seu trabalho de análise da poesia brasileira o Manuel Bandeira não aprecia a produção do Machado - mas a todo momento repete aquilo que o escritor escrevera, sobre outros autores; aliás, o uso de Machado como fonte para aqueles que efetuam uma análise crítica da produção literária nacional me parece capital - e quase sempre diminuída, quando se está em apreço o restante da obra...
A magnum opus deve ser aquela que é referida por as melhores fontes; eu não li mas estas apontam Dom Casmurro. E "Memórias Póstumas" permanece na infobox; pelo que pude ver a única fonte para isso é o exemplar do próprio livro, por uma editora de somenos...
Colocar a Academia como "legado" do Machado é forçar a barra; na verdade, ele nunca a idealizou: foi o Lúcio de Mendonça e outros "jovens"; Machado aderiu já nas últimas reuniões preparatórias e, por seu "peso", foi escolhido o primeiro presidente; após sua morte foi feito "Presidente Perpétuo" e a entidade adota o epíteto de "Casa de Machado de Assis". Vejo, portanto, como um "casamento" de conviniências, não propriamente um "legado"...
Estou, assim, inicialmente, coligindo material primeiro; vou observá-lo com calma - para só então - sobre aquilo que existir - opinar com maior propriedade acerca das temáticas que devem permanecer.
Mas de antemão penso que não devemos fugir ao estilo das demais biografias já destacadas, nem abrir margem para a parcialidade; Machado talvez deva ser dos nossos autores o mais estudado, e sempre haverá aqueles que desejem "tirar uma casquinha", linkando para um obscuro pdf de algum site universitário, em que alguém enxergou algo esdrúxulo nas páginas do "mestre"... Um perigo que, penso, devemos evitar como o diabo foge da cruz...
(falo isso porque já li trabalhos de letras de gente by USP, como um que falava das figuras de linguagem nas letras das músicas do Gilliard: penso que se procurarmos qualquer coisa neste particular, vamos achar...)
Enfim, essa minha leitura inicial. Quem disse que seria fácil?
Conhecer ¿Digaê 13h23min de 15 de Dezembro de 2008 (UTC)
- André, gostei desse seu recado. Você usou a prática como nunca vi antes. Acho que enxugar o parágrafo introdutório é tarefa para depois. Primeiro, vejo grande necessidade em pegarmos e revirarmos a vida de Machado. Depois, irmos atacar com a crítica que está faltando na página do domínio principal. Esta crítica é extensa, acho que poderíamos separar em duas seções: uma para os temas abordados pelo Machado (escravidão, traição, etc.); e outra seção dedicada a seu estilo, a sua ironia, a sua metáfora e metalinguagem e à linguagem que ele usa em sua obra. Isso pra mim parece ser mais organizado, o que acha? Quanto ao legado e à ABL, poderiamos deixar o Legado como última seção e falar da ABL antes, dizendo tudo isso que você citou, sempre com referências e bibliografias. Os livros que tenho sobre Machado são de vestibulares, mas não ficarei preguiçoso em procurar nas bibliotecas da cidade boas críticas nacionais e também internacionais. Acho interessante, antes das seções de crítica, legado, e perto das seções da vida pessoal dele, falarmos de suas visões (o que achava da religião, da política, e etc.) Vou começar a arregaçar as mangas ainda hoje! Abs, --Auréola (discussão) 13h06min de 16 de Dezembro de 2008 (UTC)