Também chamada de turmalina azul, conquistou o mercado internacional virando modismo principalmente na Europa. A raridade, cor e brilho da pedra são os principais responsáveis por sua alta cotação, de acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CRDM). Casas de joalharia como Dior, Tiffany e H.Stern chegaram a vender joias de até R$3,07 milhões com apenas uma turmalina.[3]
Características
Pode ser encontrada em quase todas as cores do arco-íris e contém uma grande quantidade de cobre, ferro e manganês. É uma das pedras mais caras do planeta: 1 quilate (0,2 gramas), custa em média 30 mil dólares, contudo, dependendo da característica da gema, pode chegar à casa dos 100 mil dólares.[4]
A turmalina é tecnicamente uma elbaíta que contém cobre (0.37-2.38 % de CuO por peso) a de onde deriva sua cor verde-azulada brilhante. [2][1][5] Apesar de ocorrer naturalmente em vários tons distintos, após tratamento com calor as pedras adquirem tons mais verde-azulados pela redução dos íons de Mn3+ (que produzem coloração rosada) para Mn2+ (sem atividade corante notável), enqunato o conteúdo de cobre não se altera. [1] Ainda que o tratamento de calor seja prevalente, algumas pedras naturais tem as mesmas cores das tratadas. [1]
Em 1982, Heitor Dimas Barbosa, que já havia trabalhado com turmalinas no estado de Minas Gerais, notou a presença de inclusões brilhantes em um minério de pegmatite trazido da região de Salgadinho (próximo a Taperoá e Juazeirinho) pelo garimpeiro paraibano Jose Pereira. [1] Após um tempo de procura, pedras semelhantes foram encontradas em rochas de manganotantalite na Serra da Frade, [1] e aumentaram a equipe de prospecção, achando entre 1985 e 1987 turmalinas de diversas colorações. Em 1987, então, foi encontrada a primeira amostra com a cor verde-azulada "elétrica" característica da turmalina paraíba.[1]
A mina de São José da Batalha continua sendo considerada a que produz a pedra de maior qualidade.[9]
A maioria dos locais de mineração brasileiros são depósitos primários em pegmatita com instrusões de quartzitos ou metaconglomerados de há entre 530 a 480 milhões de anos. [10][2]
↑Lucena, Damião (2015). «Capítulo II - Aspectos Geográficos». Patos de todos os tempos A Capital do Sertão da Paraíba. [S.l.]: A UNIÃO. 31 páginas. ISBN978-85-8237-052-0