Os membros do género Tropaeolum apresentam com frequência caules ligeiramente suculentos e por vezes raízes tuberosas. As folhas são peltadas, de filotaxia alternada, glabras e inteiras ou palmatilobadas. Os 8 pecílolos são longos e em muitas espécies capazes de se enrolar em torno de caules ou outros objectos para ganhar suporte. As flores, bissexuais e chamativas, ocorrem isoladamente em longos pecíolos de inserção axilar. Os cálices apresentam cinco sépalas, a superior alongada de forma a formar um esporão nectarífero. As cinco pétalas são recurvas, com as três inferiores diferentes das duas superiores. Os oito estames repartem-se por dois grupos de comprimento desigual e o ovário súpero tem três segmentos e três estigmas num único estilete. O fruto é nu e nutiforme, com três segmentos simples com sementes.[5][6]
As espécies do género Tropaeolum apresentam flores chamativas, frequentemente com coloração brilhante e intensa. As folhas são peltadas (em forma de escudo), com o pecíolo no centro. As flores são bissexuais e zigomórficas, com cinco pétalas, com ovário súpero, com três carpelos e com um esporão floral em forma de funil protuberante na parte posterior da flor, com funções de acumulação de néctar, formado pela modificação de uma das cinco sépalas.[9]
As flores são comestíveis, sendo utilizadas em saladas exóticas, conferindo um gosto similar ao Nasturtium officinale (agrião). As sementes imaturas conservadas em vinagre são utilizadas como substituto das alcaparras. A espécie Tropaeolum tuberosum produz tubérculos subterrâneos comestíveis, utilizados como alimento em diversas regiões dos Andes.
Diversas espécies de Tropaeolum são utilizadas como alimento pelas larvas de algumas espécies de Lepidoptera.
A etimologia do nome genéricoTropaeolum deriva do gregotropaion e do latimtropaeum, vocábulos que significam "troféu", dada a forma de crescimento da planta, sobre um soporte, recordando um troféu clássico com escudos e capacetes de ouro que se dependuravam nos campos de batalha como sinal de vitória.[10]
Tropaeolum esteve durante algumas décadas incluído na família Tropaeolaceae em conjunto com dois outros géneros morfologicamente similares, Magallana e Trophaeastrum. O género monotípicoMagallana era caracterizado por ter frutos alados e as duas espécies do género Trophaeastrum por não terem esporão floral. Por sua vez, o género Tropaeolum era diagnosticados apenas pela ausência das características diferenciadoras daqueles dois géneros. Um estudo de biologia molecular destes géneros conduzido no ano 2000 permitiu determinar que o género Tropaeolum era parafilético quando os outros dois géneros eram segregados, e em consequência Magallana e Trophaeastrum foram reduzidos as sinónimos taxonómicos de Tropaeolum. Tropaeolaceae ficou assim reduzida a uma família monogenérica, uma família cujo único género é Tropaeolum.[11]
↑Linnæus, Carl (1 de maio de 1753). Species Plantarum : exhibentes plantas rite cognitas ad genera relatas, cum diferentiis specificis, nominibus trivialibus, synonymis selectis, locis natalibus, secundum systema sexuale digestas [The Species of Plants] (em latim). 1. Stockholm, Sweden: Laurentius Salvius. p. 345
Davidse, G., M. Sousa Sánchez, S. Knapp & F. Chiang Cabrera. 2015. Saururaceae a Zygophyllaceae. 2(3): ined. In G. Davidse, M. Sousa Sánchez, S. Knapp & F. Chiang Cabrera (eds.) Fl. Mesoamer.. Universidad Nacional Autónoma de México, México.
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Molina Rosito, A. 1975. Enumeración de las plantas de Honduras. Ceiba 19(1): 1–118.