Os antigos projetistas de barcos tentaram vários métodos para aumentar a potência dos navios de guerra, inclusive colocar mais homens em cada remo. O projeto mais bem-sucedido era a trirreme: três pavimentos de remadores em cada lado. A trirreme padrão tinha cerca de 36 metros de comprimento por não mais que 5 metros de boca e tripulação de mais de 150 remadores. Tinha velocidade e maneabilidade razoáveis. Os navios cobriam cerca de 180 milhas náuticas a uma velocidade constante de 7,5 nós (13,89 km/h). Sua velocidade de arranque podia chegar a 11,5 nós (21 km/h). Dispunham de velasquadradas, que nem sempre podiam ser utilizadas no impetuoso Mar Mediterrâneo. Eventualmente, podiam ser impelidos por uma vela redonda.
Numa península coalhada por cerca de 3 mil ilhas, o uso de trirremes era intenso e decisivo. Eles eram a maior parte das marinhas do Mediterrâneo a partir de 500 a.C. Esse navio de escravos a remo impulsionou as cidades-estado gregas clássicas e, em particular, Atenas como forças navais. Durante as guerras com a Pérsia, Atenas comandava sozinha mais de 200 desses navios. Foi com trirremes que os gregos obtiveram sua vitória decisiva contra os persas, na Batalha de Salamina.
Contudo em grego existe outra forma de referir às Trirremes, atraves do termo "Kontoros", precedido pelo número de remadores; assim as Trirremes são "Triakontoros" (30 remos).
A mesma lógica se aplica a outra galeras: "Pentekontoros"(50 remos) ou a ""Eikosoros"" (20 remos).