TrES-2b (ou Kepler-1b) é um exoplaneta em orbita da estrelaGSC 03549-02811 (conhecida na literatura exoplanetária como TrES-2) localizada a 750 anos luz de distância, na constelação de Draco(ou do dragão). O Planeta foi identificado em 2011 como o exoplaneta mais escuro já descoberto, refletindo menos de 1% da luz solar.[1] O raio e a massa do planeta indicam que se trata de um gigante gasoso com uma composição similar a de Júpiter. Diferente de Júpiter, mas similar a muitos planetas detectados ao redor de outras estrelas, o TrES-2b está muito próximo de sua estrela, e pertence a uma classe de planetas conhecida como Júpiter quente. Este sistema está dentro do campo de visão do agora operante satélite Kepler .[2]
O planeta continua a ser estudado por outros projetos e os parâmetros são melhorados continuamente. Um estudo de 2008 concluiu que o sistema TrES-2 (junto a outros dois) é um sistema de estrela binária, o que afeta significativamente os valores para os parâmetros estelares e planetários.[3]
Descoberta
O TrES-2b foi descoberto no dia 21 de agosto de 2006 pelo Transatlantic Exoplanet Survey através da detecção do trânsito do planeta através de sua estrela parental. A descoberta foi confirmada pelo Observatório W. M. Keck no dia 8 de setembro de 2006, medindo-se a velocidade radial da estrela que abriga o TrES-2b.[2]
Ângulo de órbita
Em agosto de 2008 mais detalhes da relação entre a estrela parental e a órbita do planeta foram publicados. A órbita foi confirmada com uma inclinação de −9° ± 12° a partir do equador estelar. A direção orbital foi determinada na mesma direção da rotação da estrela.[4]
Em março de 2009 a NASA lançou o satélite Kepler para descobrir exoplanetas pelo método de transição em órbitas estelares. Em abril de 2009 o projeto lançou as primeiras imagens do satélite e o TrES-2b foi um dos objetos em destaque nestas imagens. Embora o TrES-2b não seja o único exoplaneta conhecido no campo de visão do satélite, ele é o único identificado nas primeiras imagens de luz. Esse projeto é muito importante para calibragem e confirmações.[5]
O Planeta mais escuro
O primeiro resultado de maior importância do satélite Kepler sobre o TrES-2b é seu extremamente baixo albedo, medido em 2011 em aproximadamente 1%, o que o torna o exoplaneta mais escuro já conhecido, refletindo menos luz que o carvão.[6] Não se sabe, ao certo, os motivos que o tornam tão escuro, mas uma das razões pode ser a falta de nuvens refletoras, o que torna Júpiter tão brilhante, devido a proximidade com sua estrela e a sua alta temperatura. Outra razão pode ser a presença de uma atmosfera rica em materiais que absorvem a luz como sódio vaporizado e óxido de titânio.
↑David M. Kipping; et al. «Detection of visible light from the darkest world»(PDF). Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Consultado em 12 de agosto de 2011. Arquivado do original(PDF) em 17 de março de 2012 !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link)