O pintor de paisagens da Hudson River School Albert Bierstadt (1830-1902) nasceu na Alemanha e mesmo tendo mudado-se com sua família para New Bedford, no estado de Massachusetts, quando tinha dois anos, passou muitos dos seus anos de formação na Europa.[1] Ele fez sua estréia numa exibição em 1858, contudo seu sucesso só veio depois de uma expedição feita por ele no ano seguinte. Na primavera de 1859, Bierstadt juntou-se à Honey Road Survey Party, comandada pelo então coronel Frederick W. Lander,[2] onde viajou até a Cordilheira do Rio Wind e fez estudos para diversas pinturas pelo caminho.[3] Bierstadt, que possuía o hábito de fazer grandes preparações para suas pinturas, chegando a fazer cinquenta esboços para apenas uma pintura na ocasião,[4] ficou impressionado com a paisagem que encontrou pelo caminho, chegando a descrever as Montanhas Rochosas como "o melhor material no mundo para um artista".[5] Em 1860, ele exibiu Base of the Rocky Mountains, Laramie Peak na Academia Nacional de Desenho Estadunidense,[1] contudo seu sucesso só veio em 1863, quando ele exibiu The Rocky Mountains, Lander's Peak no Tenth Street Studio Building, onde também era dono de um ateliê.[6]
As Montanhas Rochosas, Pico Lander foi um sucesso imediato; mil e duzentas pessoas foram convidadas convidadas para sua exibição, e quase mil compareceram.[6] Bierstadt era um perspicaz auto-promotor, assim como um talentoso artista, e esta foi a primeira de suas pinturas a ser largamente promovida com uma exibição de apenas uma pintura, acompanhada de folhetos, gravuras e uma turnê.[8] A pintura, com seus três metros de largura, foi planejada para ser exibida nas casas de milionários emergentes dos Estados Unidos e em salas e exibição.[9] Em 1865, foi vendida pelo então alto de preço de 25 mil dólares ao empresário britânico James McHenry.[10] Contudo, Bierstadt a comprou de volta, e deu ou vendeu a pintura para seu irmão Edward, antes que fosse adquirida pelo Museu Metropolitano de Arte em 1907.[7]
Em uma exposição do Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque, realizada em 1864 para a arrecadação de dinheiro e recursos para a guerra, as pinturas foram exibidas de lados opostos[11]. Hoje, elas continuam expostas no mesmo museu, também em paredes opostas.[6]
A maioria das críticas da obra foram positivas; uma, em especial, se referiu à pintura como “sem dúvidas uma das melhores paisagens pintadas neste país”, acrescentando que “seus méritos artísticos, em alguns aspectos, são inigualáveis, tendo a vantagem de ser uma pintura representativa de uma parte do cenário mais sublime e lindo do continente americano”.[6]
A obra ainda venceu um prêmio na Exposição Internacional de Paris, em 1867.[10] Na mesma época, também foram ouvidas algumas críticas negativas; em particular, alguns Pré-Rafaelitas disseram que a pintura deixou a desejar. Além deles, outro crítico fez a seguinte afirmação: “Se as marcas feitas de escova tivessem, por mãos artísticas, sido feitas para mostrar os defeitos e as rochas acidentada, mas nós só temos uma quantidade pequena de geologia e muita cerda”.[4]
Referências
↑ abcAnderson, Nancy. «Bierstadt, Albert». Grove Art Online (em inglês). Oxford Art Online
↑Miller, Angela (2001). "Albert Bierstadt, Landscape Aesthetics, and the Meanings of the West in the Civil War Era". The Art Institute of Chicago: Art Institute of Chicago Museum Studies. pp. 40–59, 101–02