The Resistance é o quinto álbum de estúdio da bandainglesa de rock alternativoMuse, lançado na Europa em 14 de setembro de 2009. Após o lançamento, The Resistance ficou no topo das paradas e das vendas em pelo menos 16 países, inclusive na América do Norte. O álbum conseguiu superar seu predecessor, Black Holes and Revelations, em vendas na primeira semana no Reino Unido com mais de 148 mil cópias vendidas. O álbum também foi muito bem recebido nos Estados Unidos estreando na posição #3 na Billboard 200, vendendo 128 mil cópias na primeira semana de vendas naquele país.[4] Os críticos receberam muito bem o CD, com destaque a sua ambição e inovação, com influências clássicas como na canção dividia em três partes intitulada "Exogenesis: Symphony". The Resistance foi produzido e mixado pela banda e pelo produtor Mark Stent.[5][6] Muse promoveu o álbum com uma série de apresentações pelo mundo na intitulada The Resistance Tour. Em 2011, este disco também deu a banda seu primeiro Grammy, vencendo na categoria Melhor Álbum de Rock.[7]
Produção e gravação
Seguindo o sucesso de Black Holes & Revelations e de uma bem sucedida turne mundial, a revista inglês NME publicou uma matéria especulando sobre o quinto álbum da banda, que eles estariam planejando um álbum ao estilo mais eletrônico e estavam carregados de ideias.[8] Logo a banda confirmou que seu próximo álbum não seria "convencional" e que podia ser até uma série de singles que seriam liberados em série. Em 22 de maio de 2008, a NME divulgou que o Muse já estava escrevendo novas músicas para o novo álbum e o líder, guitarrista e pianista Matthew Bellamy disse em entrevista: "é impossivel dizer o que isso tudo vai dar [...] pode ser apenas um álbum normal, mas também pode ser só uma série de singles ou pode ser uma sinfonia de 50 minutos! Você sabe o que isso significa? Quem sabe?"[9]
Logo após a divulgação da notica que o Muse estava gravando um novo disco e que este CD seria 'diferente' começaram boatos a respeito de como as músicas sairiam. A banda então começou a gravar o novo álbum no começo de 2009 e que seria lançado perto do fim do mesmo ano. Pouco depois a Warner Bros. Records anunciou que o álbum seria lançado em setembro. Uma das curiosidades anunciadas por Bellamy foi uma canção de 15 minutos que seria dividida em três partes e que ela soaria mais como música clássica. A banda também anunciou uma turne de divulgação durante o outono europeu.
Em 22 de maio foi divulgado no twitter da banda o nome do álbum, que seria chamado The Resistance,[10] e a primeira faixa revelada foi a música "United States of Eurasia". Em 16 de junho de 2009 foi confirmado no site oficial da banda a data exata do lançamento do álbum, 14 de setembro de 2009.[11] A banda então seguiu para Nova York a fim de terminar o álbum que já esta nos estágios finais de pós-produção. Em 14 de julho o Muse confirmou, via twitter, que a canção "Uprising" seria o primeiro single do CD.
Em 17 de agosto de 2009, o iTunes liberou um preview de 30 segundos de cada canção em seu site.[12] Em 7 de setembro de 2009, "Undisclosed Desires" é liberada no site oficial da banda.[13] Então a partir de 10 de setembro, o álbum inteiro foi disponibilizado no site do The Guardian.[14]
Em 9 de setembro de 2009 foi anunciado que The Resistance seria liberado no iTunes como um dos primeiros LPs do iTunes. Além do álbum completo também tem extras como o trabalho de arte da capa e videos de bastidores.[15] Também foi anunciado em setembro que a banda faria uma participação na trilha sonora do filme Lua Nova, o segundo filme da saga Crepúsculo com um remix da canção "I Belong to You". A banda também havia participado da trilha sonora do filme anterior com a canção "Supermassive Black Hole".[16] A versão remix para o filme New Moon possui uma guitarra adicional que não está presente na versão original e omite a parte 'Mon cœur s'ouvre à ta voix'.
Uma versão instrumental do álbum também foi profissionalmente feita e liberada na internet.[17]
Em janeiro de 2010, foi confirmado que a canção "Resistance" seria lançado como terceiro single deste álbum.
Após escutar o álbum durante uma entrevista com a banda, o apresentador Zane Lowe da BBC Radio 1 atualizou seu Twitter descrevendo o álbum como "maravilhosamente gravado, forte, arrasador, guerreiro, levantador, chocante e é basicamente sobre amor." Em 6 de julho de 2009, Zane Lowe falou sobre The Resistance na BBC Radio 1. Lowe mencionou como esse era o álbum mais focado que o Muse ja fez e ele achou que "Exogenesis: Symphony", que ele disse se encaixar perfeitamente no álbum, é a coisa mais ambiciosa que a banda ja criou.[29] Dan Cairns do The Sunday Times disse que "Muse fez um álbum genial, brilhante e bonito".[30]Play.com descreveu The Resistance como "uma arrasadora coleção de músicas onde o classico e o rock colidem mas não se arrebentam" e foi além dizendo que o álbum é "uma matéria-prima genuina".
Perto do lançamento de The Resistance, as críticas foram bastante positivas. O foco dos críticos cairam sobre a parte final do álbum chamada "Exogenesis" onde 40 músicos foram usados na gravação. O site The Fly deu ao álbum duas estrelas, e a "Exogenesis" 5/5 mas deu 3.5/5 para o restante dizendo que "'Exogenesis...' é uma estrela brilhante no céu incostante criando em 'The Resistance'"[31] As revistas Q, Uncut, Mojo e Hotpress deram 4 estrelas para o álbum em uma escala que vai até 5.[32]
Em 15 de setembro de 2009, o álbum foi oficialmente lançado nos Estados Unidos e alcançou o primeiro lugar no iTunes se tornando o primeiro álbum do Muse a chegar em primeiro lugar nas paradas da iTunes na america.
O álbum recebeu nota 6 em uma escala até 10 pela NME. Apesar de acharem o álbum de genial em algumas partes, eles criticaram o CD falando que ele era "previsivel" e algo do tipo "conceitualmente impressionante mas musicalmente familiar".[33] A PopMatters deu um parecer pior ao álbum, dando 4/10 dizendo que The Resistance não teve a mesma criatividade dos seus antecessores."[34]
Muitos também criticaram o álbum pela falta de originalidade. A revista Rolling Stone enalteceu "Uprising" dizendo que a música era "saborosa" e provava que Muse ainda podia "bramir um poderoso rugido" mas disse que o álbum era muito cliché e até enfadonho, bem ao estilo Radiohead e Queen.[35]
Já o guitarrista do Queen, Brian May, gostou da influência de sua banda sobre o som que o Muse incorporou ao seu álbum. "Eu adorei, eu acho que está ótimo," May disse em uma entrevista a BBC. "Eu acho eles muito bons e muito talentosos, e como nós eles são sempre mal interpretados em boa parte do tempo," ressaltou May. Ele também descreveu a faixa "United States of Eurasia" como "brilhante".[36]
↑Niall Doherty (1 de setembro de 2009). «Muse 'The Resistance'». The Fly. Consultado em 1 de setembro de 2009. Arquivado do original em 5 de setembro de 2009
↑«20 de setembro de 2009 - New Zealand Gold Certification» 🔗. RadioScope New Zealand. Consultado em 28 de setembro de 2009. Arquivado do original em 24 de julho de 2011