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Micky Ward (Mark Wahlberg) é um pugilista, da categoria meio-médio, norte-americano com ascendência irlandesa de uma família de classe operária em Lowell (Massachusetts). Agenciado por sua mãe, Alice Ward (Melissa Leo), e treinado por seu meio-irmão mais velho, Dicky Eklund (Christian Bale), Micky não teve uma carreira particularmente bem-sucedida: Ele se tornou um "trampolim" para promover outros pugilistas. Complicando ainda mais, Dicky, um ex-pugilista cujo ápice foi ter aguentado todos os rounds em uma luta contra Sugar Ray Leonard, televisionada pela HBO, e decaiu muito após o sucesso, tornando-se dependente de crack. Ele está sendo filmado para um documentário da HBO que ele acredita ser sobre o seu "grande retorno".
Na noite de uma luta preliminar em Atlantic City, o adversário de Micky fica doente, e lhe arranjam um substituto com 10 kg a mais do que ele. Apesar de Micky não concordar, sua mãe e irmão concordam com os termos, para que todos pudessem ser pagos. Micky é derrotado de forma humilhante pelo lutador bem mais pesado, mostrando clara incompatibilidade entre os dois. Frustrado com sua carreira e envergonhado por sua derrota, Micky tenta se esconder do mundo e inicia um relacionamento com Charlene Fleming (Amy Adams), uma ex-atleta universitária que abandonou tudo e tornou-se uma garçonete.
Após várias semanas, Alice consegue uma nova luta para Micky, que preocupado com o fato de repetir-se o mesmo que aconteceu anteriormente, mostra hesitação. Sua mãe e irmãs culpam Charlene por sua falta de motivação. Micky afirma ter recebido uma oferta para treinar em Las Vegas e receber por isso, mas Dicky diz que ele cobrirá a oferta para que ele possa continuar treinando e trabalhando com sua família. Dicky então tenta arranjar dinheiro, fazendo sua namorada se passar por prostituta e depois, quando ela consegue um cliente, finge ser um policial para roubar o dinheiro do cliente de sua carteira. O truque é rapidamente frustrado pela polícia real e Dicky é preso após uma perseguição e luta com os policiais. Micky intervem para tentar impedir a polícia de bater em seu irmão, mas um policial quebra sua mão antes de prendê-lo. No julgamento, Micky é solto, mas Dicly é mandado à prisão. Cansado, Micky finalmente desiste de Dicky.
Na noite da exibição do documentário da HBO, a família de Dicky, e o próprio Dicky, na prisão, ficam horrorizados ao ver que se chama High on Crack Street: Lost Lives in Lowell (Drogados na Rua do Crack: Vidas Perdidas em Lowell), um documentário sobre o quanto o vício em crack arruinou a carreira e a vida de Dicky. Arrasado, Dicky começa a treinar e tenta recomeçar sua vida na prisão. Micky é atraído a voltar a lutar por seu pai, que entende que Alice e seu enteado Dicky são más influências. Reunindo os outros membros da sua equipe de treinamentos e encontrando um novo empresário, Sal Lonano, eles convencem Micky a retornar ao pugilismo com a condição explícita de que sua mãe e irmão não mais se envolveriam. Eles colocam Micky em lutas menores para ajudá-lo a recuperar sua confiança. Posteriormente ele recebe uma oferta para outra grande luta contra um pugilista invicto em ascensão. Durante uma visita à prisão, Dicky aconselha Micky sobre como lutar contra seu adversário, mas Micky sente que seu irmão está sendo egoista e tentando recomeçar sua própria carreira fracassada. Durante a luta, Micky quase é subjugado desde o início, mas, lembrando do conselho de seu irmão, altera sua estratégia e acaba saindo vencedor; ele ganha o direito a lutar pelo título, já que seu adversário teria tal direito se vencesse.
Após ser libertado da prisão, Dicky e sua mãe vão assistir o treino de Micky. Imaginando que as coisas continuam do mesmo jeito, Dicky se prepara para treinar seu irmão, mas Micky o informa que ele não está mais autorizado, segundo seu contrato com sua equipe atual. Na sequência da discussão, na qual Micky critica ambas as facções de sua família, Charlene e seu treinador o abandonam decepcionados. Micky e Dicky treinam de forma abrupta, até Micky derrubar Dicky. Dicky se revolta e sai, presumivelmente para se drogar novamente, e a mãe de Micky repreende Micky, e só se dá conta quando ele lhe diz que ela sempre favoreceu Dicky. Dicky retorna à casa onde consumia crack, onde se despede de seus amigos e segue em direção ao apartamento de Charlene. Ele lhe diz que Micky precisa de ambos e que eles precisam trabalhar juntos. Após todos se reunirem novamente, o grupo parte para Londres para a luta pelo título. Micky vence outra luta em que esteve perto de perder e conquista o título dos meio-médios. O filme salta alguns anos à frente, creditando seu irmão como o criador de seu próprio sucesso.[6]
A Scout Productions adquiriu o direito de contar a história do boxeador Micky Ward e seu irmão Dicky Eklund em julho de 2003. Eric Johnson e Paul Tamasy foram contratados para escrever o roteiro,[7] que foi reescrito por Lewis Collick.[8]Mark Wahlberg se juntou a produção em 2005,[9] com a intenção de fazer "justiça" a história de Ward. A Paramount Pictures contratou Paul Attanasio para reescrever o rascunho de Collick, em fevereiro de 2007, para tentar enfatizar os temas de irmandade e redenção. Esperando começar a produção em Massachusetts em junho 2007,[8] Wahlberg deu o roteiro para Martin Scorsese ler, com a esperança que ele fosse dirigir. Scorsese rejeitou a oferta, achando o cenário de Massachusetts redundante após ter terminado The Departed.[10] O ator citou Raging Bull como inspiração para The Fighter,[11] porém Scorsese não estava interessado em dirigir outro filme de boxe.[10]Darren Aronofsky foi contratado para dirigir em março de 2007,[12] com Scott Silver escrevendo o roteiro em setembro de 2007.[13]
A produção proseguiu com as filmagens marcadas para começar em outubro de 2008[14] e Christian Bale substituiu Brad Pitt como Dicky.[15] Nesse momento, Aronofsky tinha saído da produção para trabalhar no abortado remake de RoboCop.[16] Waklberg e Bale escolheram David O. Russell para substituir Aronofsky. Wahlberg havia trabalhado com Russell em Three Kings e I ♥ Huckabees.[15] Aronofsky recebeu crédito como produtor executivo por suas contribuições ao filme, e ficou entusiasmado por ter Russell como diretor.[17] Em abril de 2009 a Relativity Media chegou para financiar o projeto,[18] vendendo os direitos de distribuição a The Weinstein Company um mês depois.[19] As filmagens começaram em 13 de julho de 2009.[15]
O filme foi feito em locações na cidade natal de Ward, Lowell. As lutas foram filmadas no Tsongas Center, e o ginásio de treinamento usado foi o Arthur Ramalho's West End Gym, um dos locais onde Ward realmente treinou.[20][21] As sequências de lutas foram criadas "em grandes seções coreográfadas que foram tiradas diretamente dos vídeos das lutas de Micky", disse Russell. "Também usamos os comentários originais [da HBO] feitos por Larry Merchant, Roy Jones Jr. e Jim Lampley". Russell usou câmeras originais da época e contratou o diretor e a equipe da HBO que cobriu as lutas para recriá-las no filme.[9]
Recepção
Critíca
The Fighter recebeu várias boas críticas. Os críticos elogiaram as performances de Wahlberg, Bale, Adams e Leo. No site Rotten Tomatoes o filme possui um indíce de aprovação de 90%, baseado em 211 resenhas, com uma média de 7,8/10.[22]Metacritic deu ao filme 79/100, indicando "críticas geralmente favoráveis".[23]