Apresentam-se como um conjunto paisagístico formado num vale atravessado por uma ribeira e envolvido por vegetação cuja cobertura vegetal é rica e povoada por espécies típicas das florestas da Laurissilva.
A vegetação foi usada, tanto quanto possível para fazer bardos e delimitações nos espaços públicos e também nos privados dando assim forma a espaços íntimos que contribuem para a envolvência das construções que se vêem assim num ambiente peculiar.
Estas termas são formadas por um conjunto de edifícios alinhados ao longo de uma via de comunicação que atravessa e por outros dispersos nas encostas próximas.
Na zona central do vale encontra-se uma caldeira de águas ferventes de grandes dimensões, cujas águas em tons azul claro estão em continua ebulição com a consequente desgasificação para o meio ambiente.
No edifício termal do século XIX e no outro lado da via, existe uma "fumarola" junto à qual foi construído de três tanques de pedra para receberem água quente natural e grelhadores para refeições ao ar livre.
No ponto mais elevado deste conjunto arquitectónico existe uma ermida que foi rodeada de um adro, local de onde é possível avistar todo o conjunto termal.
Neste local existem casas de habitação que na sua maioria tem de um ou dois pisos.
As construções existentes foram edificadas em alvenaria de pedra rebocada e pintada a branco. A cobertura das mesmas é feita a telha de meia-cana com telhão na cumeeira.
Os espaços públicos foram requalificados e têm uma presença marcante na paisagem.
No edifício principal das termas é possível ler-se a inscrição: "1811". No frontão da ermida: "1850". Numa das casas habitadas lê-se a inscrição: "1879".
"Noticia sobre as igrejas, ermidas e altares da Ilha de S. Miguel", Ernesto do Canto, Insulana, vol. LVI, Instituto Cultural de Ponta Delgada, Ponta Delgada, 2000; A Ribeira Grande, Ventura Rodrigues Pereira, 3ª edição, s./l., s./d.