Terebra taurina (denominada, em inglês, flame auger)[2][3] é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Terebridae. Foi classificada por John Lightfoot, em 1786, como Buccinum taurinum; de tipo nomenclatural coletado em Lake Worth, na Flórida, Estados Unidos.[1][4] A maioria das espécies do gênero Terebra que possuem mais de 10 centímetros de comprimento está distribuída pelo Indo-Pacífico, com esta espécie sendo uma exceção no oeste do Atlântico tropical.[5]
Descrição da concha e hábitos
Concha opaca,[5] em forma de torre alta, de coloração creme com manchas marrom-avermelhadas axiais; com pouco mais de 15 centímetros de comprimento,[3][6] até 19 centímetros, quando desenvolvida;[7] com suas primeiras voltas axialmente estriadas e abertura com lábio externo subquadrado.[6]
É encontrada em águas rasas dos bentos até os 80 metros[3] (RIOS, op. cit., cita de 10 a 66 metros), em habitats arenoso-lamacentos, fazendo uma trilha sinuosa.[6] Os animais da família Terebridae são predadores.[8]
Distribuição geográfica
Terebra taurina ocorre nas costas do oceano Atlântico, dos Estados Unidos, na Flórida e Texas (Terebra texana Dall, 1898 é uma sinonímia) à região sul do Brasil, passando pelo golfo do México e mar do Caribe, do leste da Colômbia e Venezuela até costa norte, nordeste e sudeste do Brasil.[2][6][7] Esta espécie pode ser encontrada nos sambaquis brasileiros, tendo sido encontrada em quatro sítios arqueológicos.[9]
Ligações externas
Referências
- ↑ a b c d «Terebra taurina» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 30 de janeiro de 2019
- ↑ a b ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 276. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ a b c «Terebra taurina (Lightfoot, 1786) flame auger» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 30 de janeiro de 2019
- ↑ «Terebra taurina (Lightfoot, 1786)». Conquiliologistas do Brasil - CdB. 1 páginas. Consultado em 30 de janeiro de 2019
- ↑ a b FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 171. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X
- ↑ a b c d RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 180. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
- ↑ a b «Terebra taurina» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 30 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021
- ↑ LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 83-84. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
- ↑ SOUZA, Rosa Cristina Corrêa Luz de; LIMA, Tania Andrade; SILVA, Edson Pereira da (2011). Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 227. 252 páginas. ISBN 978-85-61368-20-3