O Teatro Bernardim Ribeiro, igualmente conhecido como Teatro Bernardino Ribeiro, é um edifício histórico na cidade de Estremoz, na região do Alentejo, em Portugal.
Descrição
O teatro situa-se na Avenida 25 de Abril.[1] É considerado um dos símbolos da cidade de Estremoz, e a mais importante sala de espectáculos no concelho.[2] Foi baptizado em honra do poeta alentejano Bernardim Ribeiro.[3]
Do ponto de vista arquitectónico, é considerado como um exemplo de um teatro de influência italiana.[4] A área em frente aos camarotes está decorada com pinturas a óleo retratando grandes nomes do teatro português dos finais do século XIX e princípios do XX.[4] A sua lotação é de 238 lugares, incluindo alguns para utentes de mobilidade reduzida.[4] Tem igualmente uma sala de conferências com 35 lugares, e um espaço para exposições temporárias.[4]
Além de espectáculos teatrais, o espaço também é utilizado na realização de eventos ligados a outras manifestações culturais, como dança, música, artes visuais e cinema, além de servir igualmente como espaço para conferências e debates.[2]
História
A construção do teatro foi empreendida por um grupo de notáveis locais, incluindo Marques Crespo, José Rosado da Fonseca, Carlos Frederico Luna e José Maria Reynolds Graça Zagalo,[1] com a finalidade de dotar Estremoz com uma sala de espectáculos.[4] Foi construído num terreno oferecido por João Reynolds, que até recentemente tinha sido ocupado por um lanço das muralhas, numa área de forte expansão urbana.[1]
O edifício começou a ser planeado em 1 de Maio de 1916, tendo nas obras colaborado vários artistas e artesãos de renome, como Ernesto da Maia, que foi o autor da planta do edifício, o carpinteiro Manuel da Silva, o escultor António Martins Esteves, que produziu vários modelos em gesso, e o pintor decorativo Benvindo Ceia.[3] Foi inaugurado cerca de seis anos depois, em 22 de Julho de 1922, tendo a cerimónia contado com a presença da companhia teatral de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro.[4] Aquando da inauguração, o edifício pertencia a um conjunto de mais de oitocentistos accionistas, tendo depois transitado para a posse da autarquia de Estremoz.[3] Um dos empresários do teatro foi Simões de Sousa, que também construiu uma residência apalaçada, a Casa Manuel de Sousa, que ficou conhecida pelos seus elementos em art déco.[5]
Em 1991 foi alvo de grandes obras de remodelação,[4] e em 1997 foi classificado como Imóvel de Valor Concelhio, pelo Decreto n.º 67, de 3 de Dezembro.[6]
Em 2003 foram feitas obras de recuperação na área do palco, após ter sido parcialmente danificada por um incêndio.[4]
Ver também
Referências
Ligações externas