A competição esteve ameaçada de não se realizar por conta de discordâncias sobre a divisão da renda. Enfim, em 26 de junho de 1971 os clubes aceitaram que a divisão fosse feita da seguinte forma: caixa único sobre a renda líquida, sendo dividida com 18% para cada um de Botafogo, Fluminense, Flamengo e Vasco, 11% para o America, 7% para o Bangu e 5% para Bonsucesso e Campo Grande. Em caso de uma eventual final em jogo-extra a renda seria dividida entre os dois finalistas.[4]
O Bangu se retirou da competição para excursionar nos Estados Unidos, em virtude da licença que obteve da Federação Carioca de Futebol, uma vez que o Vasco da Gama não concordou com a antecipação de seus jogos, em represália à
medida judicial que sofrera por falta de pagamento do passe do jogador Dé.
A competição foi disputada com os clubes jogando em rodadas duplas com times mistos e durante atividade da Seleção Brasileira, que conquistou a Copa Rocca nesse período, esvaziando a Taça Guanabara que mudaria a partir do ano seguinte, passando a ser habitualmente o primeiro turno do Campeonato Carioca. O próprio técnico do Fluminense, Zagallo, dirigiu a Seleção Brasileira durante 7 jogos enquanto era disputada essa edição da Taça Guanabara, sendo substituído pelo técnico dos juvenis, Pinheiro.[5]
O Botafogo chegou com vantagem a última rodada, mas a sua derrota para o America por 2 a 1 e a vitória do Fluminense sobre o Flamengo, definiu o título em favor do Tricolor, mas caso tivesse sido o Fla vencedor do Fla-Flu, o título teria ficado com o Rubro-Negro.[6]
Fórmula de disputa
Os seis participantes jogaram contra os demais participantes apenas em jogos de ida no sistema de pontos corridos.
A classificação final deu-se pelo menor número de pontos perdidos.[1]
Obs.: Mickey, que foi o grande destaque do Fluminense ao substituir Flávio nas rodadas finais da Taça de Prata de 1970, também foi o grande nome deste Fla-Flu, ao fazer os três gols da vitória tricolor, terminando como artilheiro dessa competição com quatro gols.