Episódio ou surto psicótico[2] é um estado de desorganização da representação da realidade, desencadeado diante de uma vivência não significável a partir dos recursos representativos possuídos pelo indivíduo, desenvolvidos em um momento crítico da neurogênese na primeira infância. A fim de poder entender uma vivência que se mostrou irrepresentável psiquicamente, uma busca por padrões concebíveis é tentada, sem sucesso, pelo sistema nervoso da pessoa, que leva a contínuas mudanças de representações perceptivas em busca de formas um pouco mais estáveis, que lhe permita reconhecer e se relacionar com a realidade.
Começar o tratamento nos primeiros surtos evita sérias complicações e agravamento da psicose. Quanto mais cedo começarem o tratamento melhor o prognóstico do paciente.
O surto geralmente dura algumas semanas e pode ser encurtado de acordo com a medicação administrada. A medicação também pode impedir um surto ou torná-lo menos grave se ocorrer. Normalmente o surto é precedido por comportamentos estranhos do indivíduo, que só podem ser detectados poucos dias antes que este entre em crise. Sendo assim, é muito importante acompanhar pacientes nesta situação a fim de medicá-los antes do início do surto.
Segundo o DSM IV, um dos sintomas para se diagnosticar esquizofrenia é a duração do surto de, no mínimo, seis meses.
Não pode ser transmitida para outras pessoas, é uma desorganização mental grave e não tem poder para induzir outras mentes a fazer o mesmo.
Quando os surtos psicóticos começam antes dos 30 anos o prognóstico é pior. A idade de início da esquizofrenia no homem (15 a 25 anos) é menor que na mulher (25 a 35 anos). Isso ocorre pelas diferenças entre fontes de estresse e hormônios entre homens e mulheres.[1]
Início da esquizofrenia
Sintomas comuns de início de esquizofrenia incluem:[5]
O surto psicótico é um importante preditor de esquizofrenia. É importante que nos primeiros surtos psicóticos haja uma intervenção na família, pois os surtos são altamente desestruturantes da estrutura familiar e a participação da família é essencial no tratamento das psicoses.[6]
↑ abc Giacon, Bianca Cristina Ciccone; Galera, Sueli Aparecida Frari (junho de 2006). «Primeiro episódio da esquizofrenia e assistência de enfermagem». Revista da Escola de Enfermagem da USP (2): 288. ISSN0080-6234. doi:10.1590/S0080-62342006000200019. Consultado em 26 de março de 2021. Somente 5% dos pacientes apresentam um surto na vida, e a maioria experimenta vários surtos, principalmen-te no início da doença. A variabilidade da evolução encontradaindepende dos sintomas apresentados no início da doença.
↑Elkis, Mario Rodrigues Louzã Neto | Hélio (1 de janeiro de 2009). Psiquiatria Básica. [S.l.]: Artmed Editora