Supernova é o álbum de estreia da banda brasileira Malta. O seu lançamento ocorreu em 1 de setembro de 2014, através da Som Livre. Entre abril e julho de 2014, o conjunto ganhou notabilidade participando da temporada de estreia do programa de televisão Superstar, uma competição musical brasileira exibida pela TV Globo. A primeira apresentação da banda foi aprovada tanto pelo público quanto pelo júri, resultando na ingressão definida da banda e, por fim, em sua vitória na atração. A partir de então, a banda começou a desenvolver seu álbum debutante durante julho e agosto do mesmo ano. O disco foi produzido pelo baterista da banda, Adriano Daga, em conjunto com Brendan Duffey e Giu Daga.
Musicalmente, Supernova é inspirado no post-grunge contendo elementos do pop rock e do country. A maioria das faixas presente em seu alinhamento foi escrita pelo então vocalista da Malta, Bruno Boncini, que caracterizou o som do grupo como "rock romântico". A crítica especializada recebeu o álbum com comentários positivos e negativos ao mesmo tempo; os analistas observaram na maioria das vezes uma semelhança com trabalhos de outras bandas, tais como Nickelback e Creed. No campo comercial, foi um sucesso, alcançando o topo dos mais vendidos em formato físico e digital no Brasil — uma certificação de platina-tripla lhe foi concedida por suas vendas superiores a 280 mil cópias.
Somente dois singles foram retirados para divulgação do álbum. O primeiro, "Diz pra Mim", foi lançado em setembro de 2014 e atingiu a 22.ª posição como melhor na tabela musical Brasil Hot 100 Airplay, feita pela Billboard Brasil. "Memórias" foi lançado em dezembro de 2014 como o segundo foco de promoção e alcançou a 76.ª colocação do periódico supracitado.
Antecedentes e produção
Antes de formarem a Malta, seus membros se envolviam de antemão na área da música. Em setembro de 2013, com a criação banda, encontravam-se em estúdio preparando material inédito para sua divulgação. Meses depois, através de um amigo, souberam da abertura das inscrições para a temporada de estreia do programa de televisão brasileiro Superstar, uma competição musical no formato show de talentos exibida pela TV Globo, e resolveram enviar o material disponível. Em resposta, a produção do programa entrou em contato com a banda interessada em seu trabalho.
As apresentações da Malta durante o andamento do programa geraram aprovação simultânea tanto por parte do jurados quanto dos telespectadores; a primeira aparição do conjunto foi recebida com 59% de opinião do público e três votos dos três componentes do juri, o que resultou em um percentual total de 80% e, consequentemente, na entrada definitiva da banda no Superstar. Após meses de disputa, o quarteto, que escolheu Dinho Ouro Preto como padrinho, saiu vitorioso, ganhando como prêmio um contrato com a gravadora Som Livre.
Recepção da crítica
Críticas profissionais
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Avaliações da crítica
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Fonte
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Avaliação
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Galeria Musical
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RockBreja
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7/10[2]
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Plano Crítico
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[3]
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Sobre Pop
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(positiva)[4]
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The Seventh Wall
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(negativa)[5]
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Revista Veja
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(negativa)[6]
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Busterz
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63/100[7]
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Fita Bruta
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0/10[8]
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Após o lançamento do álbum foram atribuídas, em geral, críticas mistas que destacam principalmente a sua composição e sua sonoridade. Rodrigo Paulo do site Galeria Musical, descreveu o disco como "uma mistura de composições românticas de frases clichês" com um "bom e velho rock n' roll com porções de violinos, banjos e percussões" e, acrescentou que a voz de Bruno Boncini faz "lembrar de bandas como Nickelback, Creed ou até mesmo Maurício Manieri". Este site ao final classificou o álbum com quatro de cinco estrelas, indicando uma boa recepção de seu conteúdo musical.[1]
Henrique Carnevalli, um editor do site Rockbreja, disse que "Diz pra Mim", carro-chefe do álbum, é "representante do rótulo 'os brutos também amam'", assim como a grande parte das canções da banda.[2] Citou a faixa-título como o "ponto alto do disco" e "Nova História" como a "única com uma pegada mais rock", pois a banda é ligada principalmente ao pop rock.[2] Ele deu sete de dez pontos, que indicavam o desenvolvimento mediano da obra.
Handerson Ornelas, editor do portal Plano Crítico, comparou o estilo de Malta com o das bandas brasileiras Nx Zero e Fresno, porém disse que a "banda tem talento de verdade" e adicionou que o vocalista da banda é "extremamente afinado e o grupo possui instrumentistas bastante competentes e inteligentes nas composições e arranjos".[3] Também disse que é "importante ressaltar o ótimo trabalho na produção do álbum, além de boas remixagens e arranjos um tanto exóticos" e, que por sua vez esses arranjos conseguem "disfarçar canções aparentemente fracas".[3] O portal deu uma classificação de três estrelas e meia de cinco delas, justificando que apesar de o trabalho da banda ser de qualidade, não parece um tanto inovador.[3]
O editor do portal Sobre Pop, Daniel Albuquerque, comentou que os integrantes da banda Malta são os "Imagine Dragons brasileiros" e citou "Memórias", "Vai Ser Assim", "Alguém" e "Nova História" como as faixas de destaque do disco.[4] Diferentemente das críticas anteriores Tiago Neves, responsável pelo blog The Seventh Wall, escreveu que a banda se define sonoramente como "rock romântico", porém é difícil de classifica-la devido sua composição apresentar um "romantismo insosso, insípido e inodoro".[5] Acrescentou que em Supernova, algumas letras e arranjos se encaixariam de modo perfeito em qualquer disco de música sertaneja de Luan Santana.[5] O site da revista Veja comentou em uma de suas publicações, que a banda apresenta um "pop rock sem sal, com letras óbvias, e uma mistura dolorida e abrasileirada de The Calling com Creed".[6]
O portal Busterz falou que o álbum possui músicas memoráveis, mas não inovadoras e, também disse que "em certos pontos, eles [o grupo] abusam da melancolia e letras clichês".[7] No portal Fita Bruta, encontra-se a opinião mais negativa sobre o trabalho musical. Yuri de Castro, responsável pela resenha, comentou que "Logo Eu", canção da dupla sertaneja Jorge e Mateus, "mostra, a cada verso, toda a irrelevância das 13 músicas (ruins) da banda" e que neste sonoridade, Malta demonstra ser uma banda de bar que canta como Creed e, diz que o disco é um "álbum inteiro para assim soar e o único resultado possível de se ouvir é um decadente rock gospel".[8]
Lista de faixas
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1. |
"Entre Nós Dois" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Brendam Duffey |
3:32 |
2. |
"Memórias" | Adriano Daga, Léo Richter[A] | Adriano Daga, Brendam Duffey |
3:51 |
3. |
"Diz pra Mim" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Giu Daga[D] |
3:51 |
4. |
"Lendas" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Brendam Duffey |
3:55 |
5. |
"Mais Que o Sol" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Brendam Duffey |
3:13 |
6. |
"Vai Ser Assim" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Brendam Duffey |
3:39 |
7. |
"Tudo Outra Vez" | Bruno Boncini[B] | Adriano Daga, Brendam Duffey |
3:27 |
8. |
"Baby" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Brendam Duffey |
3:31 |
9. |
"Supernova" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Brendam Duffey |
3:40 |
10. |
"Alguém" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Brendam Duffey |
4:07 |
11. |
"Cala Tua Boca Na Minha" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Brendam Duffey |
4:10 |
12. |
"Nova História" | Bruno Boncini | Adriano Daga, Giu Daga[D] |
3:15 |
13. |
"Como Tudo Deve Ser" | Bruno Boncini[C] | Adriano Daga, Brendam Duffey |
4:30 |
Duração total: |
41:11 |
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- Notas
- A - denota compositores originais: Johan Fransson, Tim Larsson, Tobias Lundgren, Sean Michael McConnell
- B - denota compositores originais: Rick DeJesus, Jeff Johnson, Gordan Sran, Jordan Oorebeeck
- C - denota compositores originais: dB, Greg, Seth, C-Dub
- D - denota produtor adicional
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