É fundadora e diretora do primeiro mestrado em vacinologia do mundo[4], o Programa de Mestrado em Vacinologia da Universidade de Siena, na Itália, professora de Saúde Global na Universidade de Oxford e professora e chefe do Departamento Clínico e de Relações Internacionais do Instituto Carlos Chagas, no Rio de Janeiro. É conselheira sênior da Fundação Bill e Melinda Gates.[5]
Atua há mais de duas décadas na área farmacêutica, tendo contribuído diretamente para o desenvolvimento de vacinas para o Rotavírus, o HPV e Covid-19.[6][7][8]
Sue Ann conheceu o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela e a ativista moçambicana Graça Simbine Machel, em uma conferência sobre a falta de vacinas no continente africano, em 2002. O casal de líderes políticos falou sobre as dificuldades que o continente africano então passava, com os números de vacinação em queda, e sobre Saúde Pública em países em desenvolvimento. A partir dessa conversa, Sue Ann pensou em maneiras de ajudar esses países através da capacitação de pesquisadores, e foi assim que ela criou, em 2008, o primeiro mestrado em vacinologia do mundo, na Universidade de Siena, Itália.[11]
Em 2005, ela coordenou no Brasil uma força-tarefa de seis meses que inscreveu mais de 60 mil participantes voluntários dos testes da vacina contra o rotavírus na América Latina.[5]
Sue Ann é consultora sênior da Fundação Bill e Melinda Gates desde 2012. Na fundação, ela também tem o título de Pesquisadora Principal para capacitação de centros de pesquisa , capacitando 22 centros em 7 países da América Latina para a realização de estudos de fase 3 de vacinas contra COVID -19[12], parte da rede colaborativa do Covax Facility[13].
Ela foi convidada, em Maio de 2020, para ser a investigadora chefe dos testes clínicos do imunizante de Oxford/AstraZeneca no Brasil.[14] Ela foi responsável não só por trazer o estudo clínico de fase 3 da vacina para o país, mas também por coordenar o estudo do imunizante contra a COVID-19 desenvolvido na Universidade de Oxford, onde ela trabalha, e pela AstraZeneca, na América Latina.[15] Seu objetivo inicial foi selecionar centros de pesquisa para realizar os ensaios clínicos. Ela buscou por locais com bons profissionais médicos e um ambiente com grande número de pessoas expostas ao vírus. A Universidade Federal de São Paulo, onde obteve seu doutorado e atualmente também é pesquisadora, atendeu a esses requisitos e concordou em participar do estudo.[16] Outros cinco centros foram instalados no Brasil, e no total, os seis centros foram responsáveis por 50% dos testes do imunizante Oxford/AstraZeneca contra covid-19 realizados no mundo[13].
Ela também coordenou o estudo de uma campanha de vacinação em massa em Botucatu, em 2021, com a vacina contra covid-19 da Oxford/AstraZeneca. Após a 4ª semana da aplicação da primeira dose, a queda no número de casos foi significativa, o que contribuiu para a comprovação da eficácia da vacina [17][18].
No início de 2021, ela começou a trabalhar para que no primeiro trimestre de 2022 fosse instalada, no Rio de Janeiro, uma unidade de pesquisa médica da Universidade de Oxford, a primeira fora do Reino Unido.[15][19]
Prêmios e reconhecimentos
1997: Cidadania Trajanense, pela implementação da primeira campanha de vacinação contra Hepatite A e B no estado do Rio de Janeiro, na cidade de Trajano de Moraes.[20]
2020: Cariocas do Ano, categoria Ciência, Revista Veja Rio