Solomon Musa

Solomon Musa
Nascimento 1966
Morte janeiro de 1999
Cidadania Serra Leoa
Ocupação político

Solomon Anthony James Musa, também conhecido como SAJ Musa, (nascido em 1966 em Freetown, Serra Leoa - falecido em janeiro de 1999) foi uma importante personalidade militar e política durante a Guerra Civil de Serra Leoa.

No final de Abril de 1992, o Exército da Serra Leoa estava em desordem. Fazia três meses que não recebiam o seu salário mensal, estavam com fome e o moral estava muito baixo. Junto com cerca de 100 outras pessoas, o tenente Solomon Musa e Valentine Strasser foram a Freetown, capital de Serra Leoa, para protestar contra o presidente Joseph Saidu Momoh. A situação evoluiu para um golpe militar e, na confusão, Strasser emergiu como presidente do Conselho Nacional de Governança Provisória e líder da Serra Leoa.

Durante o governo de Strasser, Musa desempenhou o papel de vice[1] e de seu conselheiro mais próximo. Em Novembro de 1992, supervisionou a execução de numerosos oficiais militares de alta patente que manifestaram o seu apoio a Joseph S. Momoh e planearam um alegado contragolpe (embora estivessem presos desde maio daquele ano). Do final de 1992 a meados de 1993, Musa foi presidente do Conselho de Secretários de Estado. Ele e sua esposa, Tina, deixaram o país após uma série de desentendimentos com Strasser. Depois disso, viveram em Birmingham, Reino Unido, onde receberam o status de refugiados. Anos mais tarde, depois de Johnny Paul Koroma ter derrubado o presidente eleito Ahmad Tejan Kabbah, Musa regressou à Serra Leoa para se juntar ao Conselho Revolucionário das Forças Armadas que depôs Tejan Kabah[2] e foi nomeado para o cargo de secretário-chefe do distrito de Kono. Ele continuou a ter grande influência sobre o governo e os militares.

Em 15 de Novembro de 1998, um grupo de rebeldes liderados por Musa raptou um missionário católico italiano, o Padre Mario Guerra. Musa exigiu um telefone via satélite, suprimentos médicos e contato por rádio com sua esposa, que havia sido presa em setembro. Ele afirmava que pretendia render-se à ONU ou à força da ECOMOG, pois as coisas não lhe iam bem e tinha medo de ser capturado pelos Kamajors.[3] Isto não aconteceu, no entanto, e ele e o seu grupo estiveram fortemente envolvidos no avanço rebelde sobre Freetown no final de 1998.

No final de Dezembro de 1999, Solomon Musa morreu, alegadamente, devido a ferimentos recebidos por estilhaços após a explosão de um depósito de munições em Benguema.[4][5]

Referências