Sofá é um termo mandinga para soldados escravos que serviam no exército do Império do Mali. Eles também foram empregados em exércitos dos Estados mandês posteriores como os Império de Bamana e Uassulu e o Reino de Quenedugu.
Império do Mali
Todos os fararias (lit. "bravos"), os indivíduos classificados na hierarquia militar do Império do Mali logo antes dos ton-tiguis (mestres da aljava), eram acompanhados por jonôs (escravos) que os seguiam a pé e conduziam cavalos para seus mestres. Esses jonôs eram conhecidos como sofás e eles davam a seus ton-tiguis aljavas extras no meio do combate ou guardaram o cavalo de fuga caso a retirada fosse necessária. De fato, a palavra sofá se traduz como "pai do cavalo" o que significa que era guardião do animal.
O papel dos sofás mudou drasticamente no guerrear malinense após o reinado do mansa Sundiata Queita (r. 1235–1255) com eles se transformando de meros guarda-bagagens a guerreiros de pleno direito. Um sofá foi equipado pelo Estado, enquanto os cavaleiros horon traziam suas armas. Exércitos sofás podiam ser usados para intimidar governadores infiéis, e eles formaram a maioria da infantaria no século XV.
Referências
Bibliografia
- Camara, Sory (1992). Gens de la parole: Essai sur la condition et le role des griots dans la société malinké. Paris: KARTHALA Editions. ISBN 2-86537-354-1
- Roberts, Richard L. (1987). Warriors, Merchants, and Slaves: The State and the Economy in the Middle Niger Valley, 1700–1914. Stanford: Stanford University Press. ISBN 0-8047-1378-2
- Smith, Robert S. (1989). Warfare & Diplomacy in Pre-Colonial West Africa Second Edition. Madison: University of Wisconsin Press. ISBN 0-299-12334-0
- Taher, Mohamed (1997). Encyclopedic Survey of Islamic Dynasties A Continuing Series. Nova Déli: Anmol Publications PVT. LTD. ISBN 81-261-0403-1