Sinização[1] (chinês: 汉化, pinyin: Hànhuà), também designado de chinização (chinês: 中国化, pinyin: Zhōngguóhuà), é a assimilação linguística ou assimilação cultural de conceitos da língua chinesa e cultura da China. Em linguística, o termo é usado para se referir especificamente à transliteração e, neste contexto, a "sinização" está correlacionada com a romanização.
Num sentido mais amplo, "sinização" pode referir-se a políticas de aculturação, assimilação ou imperialismo cultural de culturas vizinhas para a China, dependendo das relações políticas históricas. Isto reflete-se historicamente na esfera cultural da Ásia Oriental, nomeadamente sobre a Coreia, Vietname e Japão, como por exemplo, na adopção da cultura literária chinesa.[2]
Tibete
No Tibete, o proceso de sinização, que têm sido evidente desde a anexação do Tibete pela República Popular da China em 1950-51, foram facilitadas por uma série de reformas econômicas, sociais, culturais, religiosas e políticas que foram introduzidas no Tibete pelo governo chinês. Os críticos citam a migração patrocinada pelo governo de um grande número de chineses han para a Região Autônoma do Tibete como um dos principais componentes da sinicização.
De acordo com o governo do Tibete no exílio, a política chinesa resultou no desaparecimento de elementos da cultura tibetana; isso foi chamado de "genocídio cultural".[3][4][5] O governo no exílio disse que as políticas pretendem tornar o Tibete uma parte integrante da China e controlar o desejo de autodeterminação tibetana. O 14º Dalai Lama e a Administração Central do Tibete caracterizaram os programas de Sinicização como genocídio ou limpeza cultural.[6][7] O governo chinês afirma que suas políticas beneficiaram o Tibete e que as mudanças culturais e sociais são consequências da modernização. De acordo com o governo, a economia do Tibete se expandiu; serviços e infraestrutura aprimorados melhoraram a qualidade de vida dos tibetanos, e a língua e a cultura tibetanas foram protegidas.
Ver também
Referências
- ↑ «Significado de sinização». Consultado em 10 de dezembro de 2014
- ↑ «Sinicization and Civilizational Processes» (PDF) (em inglês). 2011. Consultado em 10 de dezembro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016
- ↑ Burbu, Dawa (2001) China's Tibet Policy, Routledge, ISBN 978-0-7007-0474-3, pp 100–124
- ↑ Davidson, Lawrence (2012). Cultural Genocide. [S.l.]: Rutgers University Press. pp. 89–111. ISBN 978-0-8135-5243-9. JSTOR j.ctt5hj5jx
- ↑ Samdup, Tseten (1993) Chinese population – Threat to Tibetan identity Arquivado em 2009-02-05 no Wayback Machine
- ↑ «Dalai Lama: 'Cultural genocide' behind self-immolations». BBC News (em inglês). 7 de novembro de 2011. Consultado em 12 de setembro de 2020. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2019
- ↑ T. G. Arya, Central Tibetan Administration,
China's ‘ethnic unity’ bill aimed at complete sinicization of the Tibetan plateau through ethnic cleansing: CTA Information Secretary, (15 January 2020), https://tibet.net/chinas-ethnic-unity-bill-aimed-at-complete-sinicization-of-the-tibetan-plateau-through-ethnic-cleansing-cta-information-secretary/