Silvério de Abranches de Lemos e Menezes era major de Engenharia quando a 13 de Fevereiro de 1889 foi nomeado director da Escola Regimental Prática de Engenharia, cargo que ocupou até 13 de Fevereiro de 1892, sendo o segundo director e comandante desta escola, criada em 1886.
A 27 de Abril de 1891 foi nomeado comandante da Companhia de Caminhos de Ferro do Regimento de Engenharia e, por inerência, membro da Comissão de Guerra, posto que só assumiu quando abandonou a direcção da Escola Prática e que ocupou até 14 de Abril de 1893. Foi depois sub-inspector de Engenharia da 2ª Divisão Militar (3 de Fevereiro de 1894) e inspector do Serviço de Engenharia do Comando Militar dos Açores (25 de Setembro de 1899), posto em que, nomeadamente, superintendeu às obras relacionadas com o cativeiro de Gungunhana.[2]
Em 1881 e 1882 estava destacado no Comando Militar de Coimbra, como tenente de Engenharia, quando fez o orçamento e projecto de obras do quartel de Infantaria desta cidade.[6]
Foi senhor das quintas de Santo Ivo, Carreira Alta e Rio de Loba, e da casa do Soar, todas em Viseu, cidade onde viveu desde criança e onde faleceu. Após passar à reserva, foi em Viseu provedor da Santa Casa da Misericórdia.
Casou em Viseu em 1876 com D. Cristiana Augusta Barbosa de Carvalho (1860-1941), filha única de António Barbosa de Carvalho, senhor das quintas da Carreira Alta (Oliveira de Barreiros, São João de Lourosa) e de Rio de Loba, e sobrinha do Dr. José Barbosa de Carvalho, advogado, escrivão da Santa Casa da Misericórdia de Viseu, que durante muitos anos foi comissário geral da Polícia de Viseu, ambos filhos do Dr. Francisco de Almeida Barbosa, advogado e juiz nesta cidade.[7][8]
SOVERAL, Manuel Abranches de - «Sangue Real», Porto 1998, ISBN 972-97430-1-0.
«Anuário da Nobreza de Portugal», Braga 1950, Edição do Instituto Português de Heráldica.
«Anuário da Nobreza de Portugal», III, Tomo II, 1985, Edição do Instituto Português de Heráldica.
POMPÍLIO, Numa - «Filhos Ilustres de Viseu», Viseu 1937.
PINHO LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de - «Portugal Antigo e Moderno», 1890, volume 12.
SOARES, Eduardo de Campos de Castro de Azevedo - «Bibliografia nobiliárquica portuguesa», Braga, 1923, Volumes 4-5.
SEPÚLVEDA, Cristóvão Ayres de Magalhães - «Historia orgânica e política do Exercito português», Imprensa nacional, 1912, volume VI.
Referências
↑O posto de general de brigada corresponde ao de brigadeiro. Em Portugal este último posto foi extinto em 1864 (só sendo restabelecido em 1929) e substituído pelo de general de brigada, com uma ou duas estrelas. No caso vertente, o General Eng. Silvério de Abranches de Lemos e Menezes, que tinha duas estrelas, não só foi sempre tratado por general, quer na vida civil quer na correspondência militar, como usou a respectiva farda e insígnias.
↑O curso de Filosofia versava então a chamada Filosofia natural e em 1871 tinha na Universidade de Coimbra as seguintes cadeiras (disciplinas): Química inorgânica, Matemática, Análise química, Física, Botânica, Zoologia, Mineralogia, Agricultura e Zootecnia (vide «Annuário da Universidade de Coimbra no anno lectivo de 1871 a 1872», Coimbra, Imprensa da Universidade, 1871).