O sfumato é uma técnica artística usada para gerar suaves gradientes entre as tonalidades, é comumente aplicado em desenhos ou pinturas.[1] Sfumato vem do italiano "sfumare", que significa "de tom baixo" ou "evaporar como fumaça".
Em materiais de fricção como grafite, pastel seco ou carvão, o sfumato pode ser realizado esfregando-se o dedo no suporte pictórico, para que os riscos desapareçam e fique apenas o degradê.[2]
Outro recurso é usar o esfuminho, um tipo de lápis com algodão na ponta, que substitui o dedo a fim de evitar a interferência da oleosidade da pele.[2]
Técnicas renascentistas
O artista mais proeminente do sfumato foi Leonardo da Vinci, e seu famoso quadro 'Mona Lisa' apresenta essa técnica. Leonardo da Vinci descreveu o sfumato como: "sem linhas ou fronteiras, na forma de fumaça ou para além do plano de foco".[3] Nessa pintura é difícil perceber as pinceladas e as variações de tons na passagem da luz para a sombra.
O sfumato era um dos quatro modos canônicos de pintura do Renascimento, sendo os outros três:
unione (sfumato que mantém as cores vibrantes).[4]
O sfumato não era apenas uma técnica, mas um recurso que não "endurecia" os contornos e consequentemente "amenizava" a expressão humana.[1]
Além de Leonardo, outros profissionais de destaque do sfumato foram: Correggio, Rafael Sanzio e Giorgione. Entre os alunos e seguidores de Leonardo, os que tentaram a sorte no sfumato foram: Bernardino Luini e Funisi.[5]
Leonardo, descontente com a secagem rápida do afresco, experimentou adicionar cera de abelha ao pigmento para facilitar a aplicação do sfumato nos personagens, experiência essa que comprometeu a durabilidade de A última ceia, a qual começou a deteriorar-se com o artista ainda vivo.[6]
Referências
↑ abAndrew Graham-Dixon (2012). Arte, o guia visual definitivo. [S.l.]: Publifolha. 612 páginas. p.113
↑ abSanmiguel, David (2005). Guia Completo para o Artista. [S.l.]: Editorial Estampa. 255 páginas. p. 15