Assim, em 1282 Sancho juntou uma coligação de nobres para se declararem por si contra o seu sobrinho, e quando o rei Afonso X morreu em 1284, fez-se coroar rei em Toledo.[1] Reconhecido pela maioria das cidades e dos nobres, tinha ainda um grupo bastante numeroso de partidários dos infantes de La Cerda, que reclamavam o seu legado no testamento, e durante todo o reinado, este monarca teve de enfrentar lutas internas.
Um dos personagens que provocou mais discórdias foi o infante D. João, irmão de Afonso X, ao qual se uniu D. Lopo Dias III de Haro, oitavo senhor da Biscaia. Sancho IV acabou por executar de Haro e encarcerar o seu tio D. João. Também, segundo as crónicas, deu a ordem de executar à facada 4000 seguidores dos infantes de La Cerda em Badajoz, 400 em Talavera e outros tantos em Ávila e Toledo.
Depois deste saneamento perdoou o seu tio, que pouco depois voltou a rebelar-se, ocasionando o conflito de Tarifa. D. João pediu ajuda aos berberesmerínidas e sitiou a praça defendida pelo governador Gusmão o Bom, senhor de Leão, que perdeu o seu filho na batalha. Tarifa foi fielmente defendida e os merínidas regressaram a Marrocos, acabando com os planos do infante D. João e do rei de Marrocos, que pretendia uma invasão.
O Bravo morreu em batalha, em 25 de abril de 1295, pouco antes de completar 37 anos de idade. Deixou o seu filho Fernando como herdeiro, sob a regência da sua consorte, D. Maria de Molina. Mas deixou também a herança das disputas e rivalidades com os infantes de La Cerda e os seus partidários.
De Maria Afonso Teles de Meneses (c.1250-?), filha de Afonso Telo de Meneses (1225 -?) “o Tição” e de Maior Gonçales Girão, (1230 -?), filha de Gonçalo Rodrigues Girão e de Sancha Rodriguez, teve:
Violante Sanches, senhora de Uzero (1275-?), casou-se com D. Fernando de Castro, senhor de Lemos e de Monforte
De Maria Peres (c.1260-?):
Afonso Sanches (c. 1280-?), casou-se com Maria Lopes de Haro