O sabre suíço (Schweizersäbel em alemão),[1] também conhecido como narceja,[2] trata-se de uma arma branca corto-perfurante, que tanto se pode inserir na categoria de sabre,[1] como na de alfange.[3][2]
Descrição
Trata-se de uma arma branca cortante, cuja lâmina mediria cerca teria cerca de 116 centímetros de comprimento total, dos quais 95 centímetros comporiam a lâmina.[2] A lâmina, além de bastante comprida, é tendencialmente fina, apresentando ainda uma ligeira curvatura, a qual remata em ponta recurva.[1] A empunhadura da narceja permite que a mesma possa ser empunhada tanto com uma, como com duas mãos.[4]
A espiga da lâmina assentava numa empunhadura de espada, a qual podia ostentar um guarda-mão em S,[2] em concha,[1] ou com anéis, entre outros.[4] No final do séc. XVI começaram a aparecer exemplares com pomos, tendo-se popularizado os pomos em forma de cabeça de leão.[1]
Sabre ou alfange
Sendo certo que há autores que a classificam genericamente como um sabre, nomenclatura que lhe foi conferida, tardiamente, já no início do séc. XX, pelo historiador e museólogo Eduard Achilles Gessler.[1] Há, em todo o caso, historiadores modernos que, ao arrepio desta classificação, remetem a narceja para a categoria dos alfanges, por causa da largura da folha e por ser bigume no último terço da lâmina.[2][3] Ou seja, a narceja tem gume total de um dos lados da lâmina e tem ainda contragume parcial, no último terço da lâmina.[3]
História
Esta arma surge no século XVI, na Suíça, tendo sido utilizada até meados do séc. XVII.[4]
Originalmente, esta arma era conhecida como «narceja», em alemão Schnepf ou Schnäpf, por virtude da semelhança do feitio da lâmina com o bico da ave com esse nome.[2] Ao arrepio do que aconteceu com a «espada suíça» e com a «adaga suíça», que já gozavam das respectivas nomenclaturas desde o séc. XVI, a designação «sabre suíço» só foi cunhada no início do séc. XX, depois da arma já ter entrado em desuso.[1]
↑ abcdefgM. C. Costa, António Luiz (2015). Armas Brancas- Lanças, Espadas, Maças e Flechas: Como Lutar Sem Pólvora Da Pré-História ao século XXI. São Paulo: Draco. p. 53. 176 páginas