Trata-se do último álbum do Metallica com Jason Newsted na posição de baixista da banda.
Informações sobre o álbum
O S&M contém performances de músicas do Metallica com acompanhamento adicional sinfônico, composto por Michael Kamen, que também conduziu a orquestra durante o show. A ideia de combinar Heavy Metal com uma abordagem épica e clássica, como James Hetfield tem declarado repetidamente,[1][2] foi uma ideia de Cliff Burton. O amor de Burton por música clássica, especialmente sobre Johann Sebastian Bach, pode ser observado em muitas partes instrumentais e características melódicas na composição musical da banda, incluindo músicas de Ride the Lightning e Master of Puppets.[3] Kamen, que arranjou e conduziu as faixas orquestrais de fundo para a versão de estúdio de "Nothing Else Matters", encontrou a banda no show de 1992 para a premiação do Grammy pela primeira vez, e depois de ouvir a "versão de elevador" da música, sugeriu à banda se apresentar com uma orquestra inteira; a banda, no entanto, só aceitaria a proposta sete anos depois.[6] A banda favorita de Lars Ulrich, o Deep Purple, que ele induziu contentemente ao Hall da Fama do Rock and Roll em 2016, é notado por ter iniciado este tipo de abordagem há 30 anos, em Concerto for Group and Orchestra (1969).
Além das músicas dos álbuns já lançados, que alcançariam de Ride the Lightning ao ReLoad, haveria ainda duas novas composições: "No Leaf Clover" e "—Human". A música utilizada pelo Metallica como tema de entrada no palco, "The Ecstasy of Gold", composta por Ennio Morricone, foi executada ao vivo pela orquestra. Desde então, "No Leaf Clover" tem sido executada pela banda ao vivo, usando uma gravação do prelúdio orquestral.
Mudanças foram feitas às letras de algumas músicas. Trata-se principalmente da remoção do segundo verso e refrão de "The Thing That Should Not Be", substituídos pelo terceiro verso em seu lugar.
O "S", do logotipo do álbum estilizado na capa do mesmo, é uma clave de sol girada por 180º horizontalmente. O "M" é obtido do logotipo da banda.
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A crítica se posicionou a partir de S&M com avaliações mistas para positivas.
Rolling Stone (20 de janeiro de 2000, páginas 57 a 59) - 3 de 5 estrelas - "...cria a sala de recreação mais lotada, o porão mais barulhento do Rock... (em sua) pura grandiosidade ... a performance ao vivo foi bem-sucedida... os números monstruosos se beneficiam do engrandecimento. O efeito está mais para a atemporalidade..."[8]
Spin (fevereiro de 2000, páginas 114-115) - 8 de 10 estrelas - "...transforma seu tempo e dinâmicas de texturas... em um tópico dentro e fora de si mesmo, uma evocação profunda de sensações assustadoras típicas de vodu negativo culminando em 'One' e em 'Enter Sandman'... liberado de extremismo sobre-humano ritualizado, ele cria uma trilha sonora para a vida cotidiana."[9]
Entertainment Weekly (3 de dezembro de 1999, p. 102) - "Apoiado por cordas sombrias, chifres rangentes e tímpanos e bases trovejantes... rastejam com uma nova dimensão temerosa, como uma gravura antiga de Posada ganhando vida." - Avaliação: B[10]
Q (fevereiro de 2000, página 86) - 3 de 5 estrelas - "...Outro flerte perdoável com a loucura típica do 'Spinal Tap'... um belo LP ao vivo com fortes explosões aparafusadas da Orquestra de San Francisco.... As trilhas de Michael Kamen escapam e planam com um impressionante presságio por toda parte."[9]
CMJ (20 de dezembro de 1999, p. 24) - "...incríveis....traduções orquestrais dos hits da vitrine noventista da banda."[9]
O álbum S&M vendeu 300 mil unidades apenas na primeira semana de lançamento,[14] e seguiu vendendo um total de 2.5 milhões de cópias. Até 2003, o álbum foi certificado cinco vezes como platina;[15] e até agosto de 2013, eram mais de 8 milhões de cópias.
S&M2
Após a morte de Kamen, em 2003, o Metallica não revisitou o conceito S&M em qualquer outra performance ou trabalho gravado. Somente em 18 de março de 2019 a banda anunciou que fariam um novo show com a Orquestra Sinfônica de San Francisco no Chase Center, em 6 de setembro daquele mesmo ano, para comemorar o vigésimo ano de lançamento com um show único, liderado por Michael Tilson Thomas como diretor musical. Mais tarde, eles adicionaram um novo show em 8 de setembro.
Os shows incluíram muitas das músicas do álbum de 1999, assim como versões de músicas que foram lançadas desde então. Em agosto, foi anunciado que um filme dos shows receberia um lançamento limitado nos cinemas do mundo todo.[16] O espetáculo teve público restrito e arrecadou 5.5 milhões de dólares.[17] Em agosto de 2020, a banda lançaria as duas performances como um só álbum, vídeo e Box Set denominado de S&M2.[18][19]
Bob Rock, James Hetfield, Lars Ulrich e Michael Kamen - produção
Bob Rock, Randy Staub - gravação
Stephen P McLaughlin - gravação de orquestra
John Vrtacic - assistência técnica
Randy Staub - mixagem
Stephen P McLaughlin, James Brett, Kent Matcke, Darren Grahn, Leff Leffertz e Billy Konkel - assistência
Mike Gillies, Darren Grahn, Paul DeCarli e Billy Bowers - edição
Michael Price e James Brett com Blake Neely - preparação das composições
Michael Kamen com Bob Elhai, Brad Warnaar, Blake Neely, Geoff Aleoander Chris Boardman, Broco Babcock, Ted Allen, Pete Anthony e Jonathan Sacks - orquestra
George Marino no Sterling Sound - masterização
Andie Airfix no Satori - arte do álbum
Anton Corbijn - fotos
Micheal Kamen: Robert Urband - direção
Integrantes da orquestra
Violinos Principais
Jeremy Constant (Concertmaster), Melissa Kleinbart, Naomi Kazama, Victor Romasevich, Diane Nicholeris, Florin Parvulescu, Yukiko Kurakata, Kelly Leon-Pearce, Rudolph Kremer, Connie Gantsweg, Catherine Down, Philip Santos
Violinos Secundários
Paul Brancato (Principal), Chumming Mo Kobialka, Kum Mo Kim, Enrique Bocedi, Michael Gerling, Yasuko Hattori, Frances Jeffrey, Bruce Freifeld, Daniel Kobialka, Daniel Banner
Violas
Geraldine Walther (Principal), Yun Jie Liu, Doo Ehrlich, Gina Feinauer, David Gaudry, Christina King, Seth Mausner, Nanci Severance
Violoncelos
David Teie (Principal), Barara Bogatin, Jill Rachuy Brindel, David Goldblatt, Anne Pinsker, Peter Shelton, Judiyaba, Richard Andaya
Baixos
Larry Epstein (Principal), Stephen Tramontozzi, William Ritchen, Chris Giibert, S. Mark Wright, Charles Chandier
Flautas
Paul Renzi (Principal), Linda Lukas, Catherine Payne
Oboés
Eugene Izotov (Principal), Pamela Smith, Julie Ann Giacobassi
Clarinetas
Luis Beez (Principal),Sheryl Renk, Anthony Striplen
Fagotes
Stephen Paulson (Principal), Rob Weir, Steven Braunstein
Trompa
Robert Ward (Principal), Bruce Roberts, Jonathan Ring, Douglas Hull, Jim Smesler, Eric Achen, Joshua Garrett
Trompetes
Glenn Fischthal (Principal), Craig Morris, Chris Bogios, Andrew McCandless
Trombones
Paul Welcomer (Principal), Tom Hornig, Jeffrey Budin, John Engelkes
Tuba
Pener Wahrhaftig
Harpa
Douglas Rioth
Timbale
David Herbert
Percussão
Raymond Froehlich (Principal), Anthony J. Cirone, Tom Hemphill, Arnie Storch
↑Michael Custodis, capítulo Film Music in Concert: Metallica mit Michael Kamen, em: Klassische Musik heute. Eine Spurensuche in der Rockmusik, Bielefeld transcript-Verlag 2009 ISBN 978-3-8376-1249-3
↑Lanham, Tom (3 de dezembro de 1999). «S&M». Entertainment Weekly: 102. Consultado em 17 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 30 de maio de 2008
↑Berger, Arion; Berger, Arion (20 de janeiro de 2000). «S&M». Rolling Stone (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2020