Rubens Berardo Carneiro da Cunha (Recife, 7 de julho de 1914 — Rio de Janeiro, 7 de fevereiro de 1973) foi um industrial, usineiro e empresário de emissora de televisão brasileiro. Foi vice-governador do estado da Guanabara entre 1965 e 1971. Fundou no Rio de Janeiro a Rádio Continental e a TV Continental.
Biografia
No Nordeste, Rubens Berardo atuou como dono de usina de sucroalcooleira e industrial.[1]
Iniciou sua carreira política na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, ao eleger-se deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro, no ano de 1954.[1]
Em 1958 fundou, no Rio de Janeiro, a Rádio Continental e a TV Continental, através da Organização Rubens Berardo S.A. (ORB). A Rádio Continental era voltada principalmente para o jornalismo esportivo. Já a emissora de TV funcionou no canal 9 e durou pouco mais de dez anos; sua programação entrou no ar em junho de 1959 e terminou em 1971, quando a emissora faliu. Na ocasião de sua falência, a emissora já enfrentava dificuldades financeiras e vários integrantes de sua equipe foram para outras redes de televisão por melhores salários — sobretudo a TV Globo que, inaugurada em 1965, absorveu muitos artistas e técnicos que trabalhavam em emissoras de menor porte como a Continental e a TV Rio.[2]
Rubens Berardo foi reeleito ao cargo de deputado em 1958. Com a transferência da capital federal para Brasília, ocorrido em 21 de abril de 1960, Berardo passou a representar consequentemente o estado da Guanabara que fora criado na cidade do Rio de Janeiro. Em outubro de 1962 foi novamente reeleito deputado federal.[1]
Nas eleições ao governo do Estado da Guanabara, de 1965, Rubens Berardo formou chapa, na condição de candidato a vice-governador, com Francisco Negrão de Lima, do Partido Social Democrático (PSD). Uma vez vitoriosa a campanha, tornou-se vice-governador, cargo em que se manteve até 1971.[1]
Com a extinção do Partido Trabalhista Brasileiro, Rubens Berardo filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em novembro de 1970, voltou a eleger-se deputado federal pela Guanabara.[1]
Foi assassinado em sua casa, no Rio de Janeiro, no dia 7 de fevereiro de 1973, quando tentava impedir a ação de um assalto.[1]
Referências