* Partidas e pontos pelo clube profissional contam apenas os jogos da liga nacional e e estão atualizados até 15 de dezembro de 2015.
Roy Denzil Hibbert (Nova Iorque, 11 de dezembro de 1986), é um ex-jogador profissional de basquete norte-americano, que atuou como pivô na National Basketball Association (NBA). Medindo 2.18 metros e 122 quilos,[1] Hibbert foi considerado um dos principais defensores da liga, sendo enaltecido como o líder de uma das principais defesas da NBA.[2][3]
Hibbert disputou basquetebol universitário pela Universidade de Georgetown antes de se declarar elegível para o draft da NBA de 2008, quando foi escolhido pelo Toronto Raptors com a 17ª escolha da primeira rodada; na mesma noite, ele foi trocado para o Indiana Pacers, franquia que defende desde então. O pivô contabiliza duas seleções para o Jogo das Estrelas e, temporada após temporada, tem sido enaltecido como um defensor de elite na NBA.
Antecedentes
Hibbert nasceu no Queens, em Nova Iorque,[4] medindo 57 centímetros; seu pai, Roy, oriundo da Jamaica, media 1.87 m e sua mãe, Patty, de Trinidad, media 1.85 m. Roy frequentou escolas particulares e seus pais tentaram fazer com que ele se aproximasse do tênis, do golfe, do piano e da clarineta, sem sucesso; medindo 2.05 metros na oitava série, ele só se interessava com coisas associadas à sua excepcional altura,[2] embora ele também não se destacasse no basquete.[4]
Enquanto adolescente, Hibbert conheceu grandes pivôs da NBA, como Shaquille O'Neal, Tim Duncan e Dikembe Mutombo,[2] nutrindo também grande admiração por Alonzo Mourning.[4] Ele estudou na Escola Preparatória de Georgetown, em Maryland, onde apresentou médias de 19 pontos, 17 rebotes, seis bloqueios e três assistências por jogo na série de 16—4 que conduziu os "Hoyas" ao co-título da Interstate Athletic Conference.[5]
Carreira universitária
Formado na Escola Preparatória de Georgetown, Hibbert ingressou na Universidade de Georgetown, pela qual passaram outros grandes pivôs da história da NBA, como Patrick Ewing, Alonzo Mourning e Dikembe Mutombo. Em seu primeiro ano, Roy teve médias de 5.1 pontos e 3.5 rebotes por jogo, sendo o segundo jogador que mais bloqueou arremessos adversários (40); no seu segundo ano universitário, ele anotou 11.6 pontos (segundo melhor pontuador do time) e coletou 6.9 rebotes por jogo (líder do time), além de bloquear 54 arremessos adversários.[5] Em seu terceiro ano, Hibbert marcou 12.9 pontos, coletou 6.9 rebotes e bloqueou 2.4 arremessos por jogo. No seu quarto e último ano, sem a presença de Jeff Green, o pivô liderou os "Hoyas" em pontos (13.4), rebotes (6.4) e bloqueios (2.2) por jogo e foi incluído no segundo time do Consensus All-American antes de se declarar elegível para o draft da NBA.[6]
Carreira na NBA
Indiana Pacers
Hibbert foi escolhido pelo Toronto Raptors com a 17ª escolha geral no draft de 2008, mas na mesma noite foi envolvido em uma troca com o Indiana Pacers.[7] Em sua primeira temporada na liga, o pivô disputou 70 partidas, tendo iniciado 42 delas como titular; ele teve uma média de 14.4 minutos por jogo, apresentando médias de 7.1 pontos, 3.5 rebotes e 1.1 toco por confronto.[8] Sob o comando de Jim O'Brien, os Pacers apresentaram campanhas derrotadas e não foram aos playoffs durante as duas primeiras temporadas de Hibbert em Indianápolis.
No decorrer da temporada de 2010-11, O'Brien foi substituído pelo seu então auxiliar Frank Vogel no comando do Pacers. Sob a égide do novo treinador, Hibbert viu seu tempo de quadra aumentar para 27.7 minutos por jogo; seu desempenho também melhorou, uma vez que ele passou a marcar 12.7 pontos, coletar 7.5 rebotes e bloquear 1.8 arremessos adversários por confronto. Os Pacers finalizaram a temporada regular com uma série de 37—45 (20—18 sob o comando de Vogel), mas foram eliminados pelo Chicago Bulls na primeira rodada dos playoffs por 4 a 1; Hibbert iniciou todos os cinco confrontos da série como titular, tendo médias de 10.4 pontos, 6.8 rebotes e 1.8 bloqueio por jogo.[8]
A temporada de 2011-12 marcou o "estouro" de Hibbert na NBA: das 66 partidas que o Pacers disputou, o pivô esteve presente em 65 delas, iniciando todas como titular, e emplacando suas melhores médias da carreira em pontos e rebotes por jogo (12.8 e 8.8, respectivamente); ele também apresentou uma média de 2.0 bloqueios por jogo,[8] quinta melhor marca da liga, o que lhe rendeu a sua primeira indicação para o Jogo das Estrelas.[9] Hibbert foi, juntamente com Paul George, o segundo melhor pontuador dos Pacers na temporada, liderando a equipe em rebotes e bloqueios por jogo.[10] Com uma série de 42—24, os Pacers avançaram aos playoffs e desbancaram o Orlando Magic por 4 a 1 na primeira rodada, antes de caírem nas semifinais de conferência diante do Miami Heat, por 4 a 2; as médias de Hibbert durante os playoffs atingiram um duplo-duplo, com o pivô anotando 11.7 pontos, coletando 11.2 rebotes e bloqueando 3.1 arremessos adversários por jogo;[10] seus números em rebotes e bloqueios foram os segundos melhores entre todos os atletas daqueles playoffs.[11]
Após o fim da temporada de 2011-12, Hibbert tornou-se um agente livre restrito (onde qualquer outra franquia pode apresentar uma proposta de contrato ao jogador, mas a franquia atual tem o direito de cobrir a oferta e manter o atleta). O Portland Trail Blazers ofereceu um contrato de 58 milhões de dólares por quatro anos ao pivô, um contrato máximo;[12] os Pacers cobriram a oferta dos Blazers e renovaram o contrato de Hibbert,[13] que já era considerado um dos melhores pivôs da liga pela mídia especializada.[14][15]
De contrato renovado, Hibbert apresentou médias de 11.9 pontos, 8.3 rebotes e 2.6 bloqueios por jogo durante a temporada de 2012-13,[8] contribuindo para que os Pacers emplacassem uma série de 49 vitórias e 32 derrotas, a terceira melhor campanha da Conferência Leste.[16] Durante os playoffs, o pivô elevou seu jogo ofensivo a outro patamar, anotando 17.0 pontos por jogo (segundo melhor pontuador do time);[17] os Pacers chegaram até as finais de conferência onde, novamente, caíram diante do Miami Heat, desta vez em uma acirrada série que só foi decidida no sétimo jogo. Durante a série decisiva, Hibbert anotou 22.1 pontos e coletou 10.4 pontos por jogo.[18] Mesmo com a derrota diante dos eventuais campeões, o sistema defensivo do Indiana Pacers passou a ser enaltecido como um dos mais fortes da liga e até mesmo da história, com Hibbert sendo apontado como o "âncora" dessa defesa.[19][20][21]
Na temporada 2013-14, Hibbert ajudou a equipe do Indiana Pacers a ser a melhor equipe da conferência leste na temporada regular, com uma marca de 56 vitórias e 26 derrotas. O Pacers não conseguia isso a exatos 10 anos, desde a temporada 2003-04. Apesar de uma grande temporada, o Pacers acabou sendo derrotado novamente nas finais de conferência para o Miami Heat em 6 jogos. Na temporada de 2014-15, Hibbert já não conseguiu mostrar todo o seu poderio defensivo, tendo uma queda considerável na sua produção defensiva. Com o principal jogador do time, Paul George, contundido, o Pacers não foi muito longe e não conseguiu nem sequer chegar aos playoffs.
Los Angeles Lakers
No dia 29 de junho de 2015, após o término da temporada, Hibbert exerceu a cláusula de opção do jogador para permanecer no Pacers por mais uma temporada. Porém, 10 dias depois, em 9 de julho de 2015, Roy foi trocado para a equipe do Los Angeles Lakers por uma escolha de segunda rodada de um Draft futuro. Ele estreou oficialmente na primeira partida do Lakers na temporada 2015-16, no dia 28 de outubro de 2015, na derrota para o time do Minnesota Timberwolves por 112 a 111. Hibbert marcou 12 pontos e pegou 10 rebotes.
Habilidades
Hibbert é reconhecido, principalmente, pelas suas habilidades na defesa do garrafão, sendo enaltecido como um dos principais jogadores defensivos da NBA.[22] Jogadores adversários convertem menos da metade de seus arremessos quando são defendidos pelo pivô, cuja capacidade defensiva tem forçado jogadores como LeBron James a buscarem formas de contornar a sua marcação.[2] Medindo 2.18 metros, a capacidade de intimadação de Hibbert não força apenas seus adversários a alterarem seus arremessos e decisões próximas à cesta, mas também obriga equipes adversárias a mudarem sua forma de jogo, buscando arremessos mais distantes do garrafão.[23] A principal "ferramenta" defensiva do pivô é a regra da verticalidade, pela qual um jogador pode se elevar com os braços para o alto e absorver contato de adversários sem que uma falta seja assinalada.[2][24]
Hibbert não se destaca ofensivamente,[25] fato assumido tanto pelo jogador quanto pelo seu treinador, Frank Vogel,[26] mas é um consistente contribuidor do outro lado da quadra, anotando uma média de 11.3 pontos por jogo em sua carreira e convertendo 47.1% de suas tentativas de arremesso.[8]