Ronaldo Correia de Brito

Ronaldo Correia de Brito
Nascimento 2 de julho de 1951 (73 anos)
Saboeiro
Residência Recife
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Escritor, médico e dramaturgo
Prémios Prémio São Paulo de Literatura (2009)

Comendador da Ordem do Mérito Cultural (2013)

Magnum opus Galiléia
Website Ronaldo Correia de Brito

Ronaldo Correia de Brito (Saboeiro, Ceará, 2 de julho de 1951) é um escritor, médico e dramaturgo brasileiro. Radicado no Recife, formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco, 1975. Foi escritor residente da Universidade de Berkeley,[1] participou de diversos eventos internacionais, como a Feira do Livro de Bogotá[2] e o Salon du Livre de Paris.[3] Recebeu homenagens por sua obra, como a da VIII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco.[4]

Sua carreira artística envolve as mais diferentes linguagens, como literatura, teatro e música. São de sua autoria Baile do Menino Deus (teatro), Faca (livro de contos), Galileia (romance ganhador do Prêmio São Paulo de Literatura), Estive lá fora (romance) e O amor das sombras (contos). Em 2013 foi um dos autores brasileiros convidados a participar da Feira do Livro de Frankfurt[5] e da Jornada Literária de Pequim.Tem livros e contos traduzidos para o francês, espanhol, italiano, hebraico, inglês, alemão, romeno, búlgaro, finlandês e húngaro. Desde 2000, é colunista da Continente, revista mensal de cultura.

Cronologia

  • 1951 - Nasce em 2 de julho, na fazenda Lajedos em Saboeiro, Ceará.[6]
  • 1956 - Muda-se com a família para o Crato, Ceará.
  • 1969 - Muda-se para Recife, onde estuda para o vestibular.
  • 1970 - Ingressa na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco. Frequenta o Departamento de Extensão Cultural (DEC) da UFPE, dirigido pelo escritor Ariano Suassuna.
  • 1975 - Com Assis Lima, Horácio Carelli e o músico Antônio José Madureira, produz o longa-metragem Lua Cambará, na bitola super 8.
  • 1985 - Escreve a peça de teatro O Pavão Misterioso, baseado no cordel O Romance do Pavão Misterioso de José Camelo de Melo Rezende, publicada em livro de 2004.
  • 1987 - Escreve a peça de teatro Bandeira de São João, publicada em 1996.
  • 1989 - Seu livro de contos Três Histórias na Noite ganha Prêmio Governo do Estado de Pernambuco. É coautor, com Francisco Assis Lima, da peça teatral Arlequim, editada em livro em 2001.
  • 1990 - Arlequim ganha o Prêmio Hermilo Borba Filho, do Governo do Estado de Pernambuco.
  • 1992 - Escreve o texto e dá consultoria para o documentário sobre maracatus Sob o Sol, produção realizada para a emissora inglesa BBC.
  • 1993 - Cria a Campanha de Arte Educação Caravana da Saúde, promovida pelas secretarias de saúde de vários municípios do Nordeste e pelo Ministério da Saúde.
  • 1995 - Escreve a peça de teatro Retratos de Mãe.
  • 1996 - Escreve a peça Malassombro, que ganha o Prêmio Mercosul de Teatro, durante o Festival de São José do Rio Preto, São Paulo.
  • 2000 - Escreve a peça Auto das Portas do Céu. Torna-se colunista da revista Continente. É curador da exposição retrospectiva do desenho e da gravura brasileira Mestres do Desenho e da Gravura, realizada na Galeria Ária, do Recife. Dá curso sobre dramaturgia, baseado nas experiências documentadas em Brincadeira de Mateus, para o Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas, de Natal.
  • 2001 - Escreve a peça de teatro Os Desencantos do Diabo. Trabalha como curador para o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam). Coordena o curso de formação de agentes culturais, para o Centro Apolo/Hermilo.
  • 2003 - Escreve as peças de teatro Ópera do Fogo e O Reino Desejado, que é publicada na Revista de la Asociación de Directores de Escena de España, de Madri. Já o conto Cícera Candoia, do mesmo livro, é adaptado pelo cineasta Marcelo Gomes para o curta-metragem Tempo de Ira, dirigido pelas cineastas Marcélia Cartaxo (1963) e Gisella Mello. Realiza a curadoria da exposição Gilvan Samico (1928), do Desenho à Gravura para a Pinacoteca do Estado de São Paulo, que ganha o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) no ano seguinte.
  • 2004 - Baile do Menino Deus é encenado no formato de uma cantata natalina, na praça do Marco Zero, além de ser adquirido para o Programa Nacional Biblioteca Escolar.
  • 2005 - A peça Arlequim é incluída no Programa Nacional do Livro. Trabalha como curador para o Museu Oscar Niemeyer, de Curitiba.
  • 2009 - O romance Galileia ganha o Prêmio São Paulo de Literatura de melhor livro.[7]
  • 2010 - Lança o livro de contos Retratos Imorais.
  • 2011 - Lança, pela editora Alfaguara, os livros Arlequim de Carnaval e Bandeira de São João. É finalista do Prêmio Jabuti de Literatura com o livro Retratos Imorais.
  • 2012 - Lança o romance Estive lá Fora.
  • 2015 - Lança o livro de contos O Amor das Sombras.

Literatura/Ficção

  • Três Histórias na Noite - contos, 1989.
  • Arlequim – teatro – CEPE – 1990.
  • As Noites e os Dias – contos – Editora Bagaço – 1997.
  • Faca – contos – Editora Cosac Naify – 2003.
  • O Reino Desejado – teatro – Revista de La Associación de Directores de Escena de España – Madri, 2003.
  • Livro dos Homens – contos – Editora Cosac Naify – 2005.
  • O Pavão Misterioso – prosa infantil – Editora Cosac&Naify – 2005.
  • Bandeira de São João – teatro – Editora Objetiva – 2005.
  • Arlequim – teatro – Editora Objetiva – 2005.
  • Galileia – romance – Editora Alfaguara – 2008.
  • Retratos Imorais – contos – Editora Alfaguara – 2010.
  • Baile do Menino Deus – teatro – Editora Objetiva – 2011.
  • Crônicas para Ler na Escola – crônicas – Editora Objetiva – 2011.
  • Arlequim de Carnaval – teatro – Editora Alfaguara – 2011.
  • Bandeira de São João – teatro – Editora Alfaguara – 2011.
  • Estive lá Fora – romance – Editora Alfaguara – 2012.
  • Le jour où Otacílio Mendes vit le soleil – Chandeigne – 2013 (em francês).
  • Atlântico – novela – Mariposa Cartonera – 2015.
  • O Amor das Sombras – contos – Editora Alfaguara – 2015.
  • Dora sem véu - romance - Editora Alfaguara – 2018.

Teatro

  • Baile do Menino Deus, 1983. Prêmio Zilka Salaberry, 2007.
  • Bandeira de São João, 1987.
  • Arlequim, 1989.
  • O Reino Desejado, 1993.
  • Retratos de Mãe, 1995.
  • Malassombro, 1996. Prêmio Mercosul de Teatro, durante o Festival de São José do Rio Preto, São Paulo, em 1999.
  • Os Desencantos do Diabo, 2001.
  • Ópera do Fogo, 2003.
  • Nascimento da Bandeira, 2007.
  • Duas Mulheres em Preto e Branco, 2012.

Prêmios

1989
  • Prêmio Governo do Estado de Pernambuco de Contos pelo livro Três Histórias na Noite.
1990
2009

Precedido por
Cristóvão Tezza, 2008
Prêmio São Paulo de Literatura
Melhor Livro do Ano

2009
Sucedido por
Raimundo Carrero, 2010
2010
  • Prêmio da Biblioteca Nacional – categoria contos, com Retratos Imorais.[9]

Reconhecimentos

  • Selecionado pelo Programa Nacional da Biblioteca Escolar – tiragem de 500 mil exemplares – com livro Baile do Menino Deus.
  • Semifinalista do Prêmio Portugal Telecom com Livro dos Homens.
  • Finalista do Prêmio Jabuti com Livro dos Homens (2006), Galileia (2009) e Retratos imorais (2011).
  • Selecionado entre os Dez melhores livros do ano – jornal O Globo, com Livro dos Homens (2005), Galileia (2008) e Retratos Imorais (2010).
  • Incluído no catálogo da White Ravens, 2005, com O Pavão Misterioso.
  • Finalista do Prêmio Zafary Bourbon com Galileia.
  • Semifinalista do Prêmio Portugal Telecom com Retratos Imorais.

Homenagens Especiais

Referências

  1. «Editora Objetiva». Site da Editora. Consultado em 2 de julho de 2016 
  2. «El Universal - - Literatura brasileña tendrá gran presencia en la FIL». El Universal. Consultado em 2 de julho de 2016 
  3. «Dédicace Ronaldo Correia de Brito - Salon du livre de Paris 2015, du 20 au 23 mars 2015, à Paris Porte de Versailles.». Site Salon Du Livre de Paris. Consultado em 2 de julho de 2016 
  4. Enciclopédia Itaú Cultural
  5. PublishNews
  6. «Sobre | Ronaldo Correia de Brito | site oficial». Consultado em 2 de julho de 2016 
  7. Estadão
  8. Prêmio São Paulo de Literatura
  9. «O Globo». 18 de novembro de 2010. Consultado em 25 de outubro de 2016 
  10. «Movimento Por Um Brasil Literário». 4 de setembro de 2011. Consultado em 26 de outubro de 2016 

Ligações externas

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