Ricardo Jota Chab (Santa Isabel do Ivaí, 3 de fevereiro de 1958 - Curitiba, 3 de outubro de 2019) foi um empresário, jornalista e político brasileiro.
Biografia
Ricardo Chab nasceu no interior do estado do Paraná em 1958[1] e mudou-se para a capital, Curitiba, em 1979, para cursar o ensino superior. Para manter os estudos, começou a trabalhar como "gillette press" (termo cunhado nas redações de rádios para o funcionário que recorta matérias de jornais para serem lidos nos programas) na Rádio Colombo.[2]
Carreira ligada ao jornalismo
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná em 1983 e trabalhando como funcionário da Rádio Colombo, no início da década de 1980 foi promovido a radialista, apresentando o programa policial "Agente Colombo", das 23 às 24 horas, diariamente.[3]
Nas décadas de 1980, 1990 e 2000, trabalhou como radialista em várias rádios de Curitiba e região, e a partir de 2002, passou a ser apresentador de programa policial na televisão, como "O Tribuna na TV" na TV Iguaçu[4] e o programa "Na Hora do Almoço", na RIC TV.[5]
Empresário
Em 2008, comprou a Radio Eldorado AM de São José dos Pinhais de propriedade do apresentador Ratinho e renomeou para Radio Mais AM.[6]
Política
Em meados da década de 1980, filiou-se ao PTB e concorreu a uma vaga de vereador de Curitiba em 1988, não obtendo sucesso. Em 1990, concorreu para deputado estadual na Assembleia Legislativa do Paraná e conseguiu uma suplência pelo partido. Em 1994, já no PMDB, foi eleito deputado estadual com com 32.707 votos. Em 1998, retornando para o PTB, foi reeleito para a Assembleia Legislativa do Paraná, com 38.427 votos. Em 2002, na tentativa de reeleição para o mesmo cargo e com apenas 22.856 votos, não foi eleito e seus votos não foram suficientes nem para uma vaga de suplência pelo PMDB.[7]
Nos oitos anos que exerceu o mantado de deputado, foi o autor da lei que criou o Serviço de Investigações sobre Crianças Desaparecidas no Paraná (Sicride), em 1995, e também fez a lei que estabelecia a fixação de cartazes com fotos para identificação de crianças desaparecidas nos ônibus intermunicipais com concessão ou permissão para funcionar no estado, em 1996, entre outras.
Prisão e condenação
Em 25 de abril de 2008, Ricardo Chab foi preso em flagrante[8], em sua empresa, pelo delito de extorsão praticado contra um empresário do ramo de segurança privada de Curitiba. A investigação que levou o jornalista para a prisão, decorreu de extorsão que Chab praticou contra o empresário, dono da Centronic, para que em sua rádio e no seu programa de televisão ("Na Hora do Almoço", na RIC TV) não ocorrerem mais matérias jornalisticas ou explorasse imagens da empresa envolvida no crime que ficou conhecido como o "Caso Centronic".[9][10]
Em julho de 2009, Chab foi condenado pela 8ª Vara Criminal da Comarca de Curitiba a 13 anos e 4 meses de prisão em regime fechado.[11][12][13]
- Caso Centronic
O crime ocorreu em outubro de 2007, quando seguranças da empresa de segurança privada Centronic, torturaram e mataram o estudante Bruno Strobel Coelho (filho caçula do jornalista e cronista esportivo Vinícius Coelho) por pichações no muro da Clinicor, em Curitiba. Seu corpo foi encontrado, dias depois do crime, na cidade de Almirante Tamandaré.[14]
Morte
Em 29 de setembro de 2019, Ricardo Chab deu entrada no Hospital Marcelino Champagnat em Curitiba, a princípio com um quadro de tosse. Logo foi constatado que havia sofrido um enfarte e no decorrer do internamento, seu estado de saúde se deteriorou, vindo a morrer no dia 3 de outubro.[15][16][17]
Referências