Reis Católicos foi a denominação que recebeu o casal composto pela Rainha Dona Isabel de Castela e o Rei Dom Fernando II de Aragão. Concretizaram a união dinástica entre os dois reinos ibéricos, criando a Monarquia Católica, que em 1512 passaria a ser conhecida por Monarquia de Espanha. O seu símbolo conjunto era el yugo y las flechas, numa alusão aos nomes próprios de ambos: Ysabel (grafia antiga) e Fernando.[1]
O casamento de Dona Isabel I de Castela com Dom Fernando II de Aragão não antevia o sucesso do casal no governo de Espanha. Com efeito, apesar do contributo, da colaboração para a unificação da atual Espanha, a nobreza não era consensual no que dizia respeito à decisão sobre quem deveria ascender ao trono do país: houvera quem preferisse a Infanta Dona Joana, prometida a Dom Afonso V de Portugal (que, por isso, também concorria ao trono). Porém, Dª. Joana era tida como filha ilegítima de D. Henrique IV de Castela, fruto de uma polêmica relação da esposa do rei com um fidalgo.
Para este feito, recorrem a uma rígida fiscalidade, que em 1482 atinge 70% das receitas; recebem o apoio do Papa, que lhes permite dispor das somas recolhidas dos fiéis e das ordens militares; e oferecem recompensas e indulgências aos cruzados.
Após quatro anos de tréguas, a guerra entre Granada e Castela reacende-se em 1481, embora não passe de breve escaramuças, ofensivas e cercos. Sabe-se que em 1487 se travaram perto de Málaga duros combates, na consequência dos quais cairia a cidade nas mãos dos cristãos. Depois, ao fim de seis meses de cerco, cede Barza e, por fim, na viragem para o ano de 1492, dá-se a rendição de Granada.
Note-se que, desde que o Papa Alexandre VI atribuiu o título de Reis Católicos a Fernando e Isabel, os Monarcas de Castela (e, desde então, de Espanha) são conhecidos pelo título de Sua Majestade Católica, pelo que, com propriedade, todos os Reis que se seguiram a D. Fernando e Dª. Isabel poderiam também ser conhecidos por este título.
Joana (Toledo, 1479 - Tordesilhas, 1555) (conhecida como "Joana a Louca"), casada com Filipe de Áustria (conhecido como "Filipe o Belo"), cedo apresentou sinais de loucura, acentuados pelos maus tratos do marido, que aspirava ascender ao trono de Espanha.