A Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) é hoje a mais completa e complexa refinaria do sistema Petrobras, tendo sido inaugurada, em 1961, com apenas seis unidades, além da casa de força. Localiza-se na Rodovia Washington Luís, km 113,7, no distrito de Campos Elísios (Duque de Caxias).
O complexo industrial da refinaria é distribuído numa área de aproximadamente 13 km² e é responsável por cerca de 4,8 bilhões de reais por ano em impostos pagos ao governo. Um total de 55 produtos [1] são comercializados por esta refinaria, dentre estes óleos básicos para lubrificantes, diesel, gasolina, GLP, nafta, querosene de aviação, parafinas, óleo combustível e aguarrás.
Esquema de refino
Uma série de unidades de processamento estão organizadas compondo o esquema de refino mais completo dentre as refinarias brasileiras. Dentre as unidades operacionais desta refinaria, destacam-se: FCC (craqueamento catalítico em leito fluidizado), destilação atmosférica e a vácuo (3 conjuntos, 1 para combustíveis e 2 para lubrificantes), reforma catalítica, 6 unidades de hidrotratamento (HDT), desasfaltação (2), além de várias unidades de processamento e tratamento de óleos básicos para lubrificantes, caldeiras e mais unidades de tratamento de derivados.
Em julho de 2008 foi iniciada a operação da Unidade de Coqueamento Retardado, que é responsável pelo processamento de matéria-prima pesada, convertendo em produtos nobres, como o diesel e nafta, além de produzir o coque. A construção desta unidade totalizou investimentos da ordem de US$ 1 bilhão.[2]
Acidentes
A Reduc também se notabilizou por um histórico de acidentes maiores e menores. O maior de todos eles ocorreu em 30 de março de 1972. Nesta data ocorreram três grandes explosões em três tanques de gás, causando a morte de 42 trabalhadores e deixando mais 40 feridos. Considerado causado por erro operacional e falha de projeto, o acidente provocou chamas de trezentos metros de altura e um dos tampões dos tanques (peça de 23 m de diâmetro) foi arremessado pela explosão a uma distância superior a um quilômetro.
→ Vazamento de óleo na Baía de Guanabara
O vazamento de óleo na Baía de Guanabara ocorreu em 18 de janeiro de 2000 como consequência do rompimento de um duto que ligava a Refinaria Duque de Caxias ao terminal Ilha d'água, na Ilha do Governador. Esse incidente ficou conhecido como um dos maiores acidentes ambientais ocorridos no Brasil e destacou-se pela grande quantidade de óleo derramado – cerca de 1,3 milhão de litros. Esse grande vazamento matou praticamente todo o ambiente marinho da região, afetando diretamente a economia, já que vários pescadores tiveram que abandonar a área que antes era rica em peixes.
Em 2014 foram duas ocorrências. Um grande incêndio em janeiro e a emissão de vultosa nuvem de fumaça no dia 30 de abril. Esta fumaça negra cobriu uma extensa região que se estendeu até a zona oeste do município do Rio de Janeiro.[3]
Ampliação
A Reduc está ampliando sua planta de gás natural, construindo novas unidades para atender à demanda por gás natural na região Sudeste do Brasil. Junto com estas unidades, também estão previstos tratamentos de dessulfurização de nafta craqueada e um investimento maciço em unidades de preservação do meio ambiente, como a recuperação de enxofre e tratamento de águas ácidas. Os investimentos de ampliação são estimados em US$ 1,5 bilhão.[2]
Várias outras obras de melhoria do sistema industrial da Reduc estão sendo previstas, visando a sua ampliação ou modernização para preservar a saúde dos trabalhadores, o meio ambiente e a excelência em qualidade dos processos e produtos da refinaria.
Produção de diesel S-50
A Reduc foi pioneira na produção do óleo diesel S-50 no Brasil. Este novo produto possui 90% menos enxofre que o diesel anteriormente utilizado nas regiões metropolitanas (diesel S-500), contribuindo para a melhoria da qualidade do ar.[4]
Ver também
Referências
Ligações externas
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(*) Em construção • (**) Participação acionária |