Raquel Gaspar (Colmeias), é uma bióloga marinha portuguesa conhecida por estudar as populações de golfinhos no estuário do Sado. Fundou a cooperativa Ocean Alive, na qual promove a participação das mulheres das comunidades piscatórias, em ações de protecção das pradarias marinhas e consequentemente dos oceanos. Este trabalho foi reconhecido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que a laureou com a Medalha de Mérito Científico em 2019.
Percurso
Raquel Gaspar via em criança os documentários de Jacques-Yves Cousteau que lhe despertaram o interesse pelo mar.[1]
Durante o seu trabalho de investigação sobre os golfinhos do estuário do rio Sado, deu-se conta que a sobrevivência destes, estava dependente da protecção dos peixes de que se alimentavam.[4]
Em 2015 foi um dos membros fundadores a cooperativa Ocean Alive, que tem como objectivo de promover a preservação das pradarias marinhas que servem de berçário para as presas dos golfinhos e os oceanos, promovendo campanhas em que participam de forma activa as mulheres das comunidades piscatórias, a quem deram o nome de Guardiãs do Mar.[5][6][4]
O seu trabalho de investigação tem-se focado sobretudo nas populações dos golfinhos-roaz que vivem no estuário do rio Sado.[6][9]
Através da monitorização da população residente e do seu habitat, efectuada durante mais de 20 anos, conseguiu reunir dados suficientes que permitiram criar um modelo que demonstrou que o declínio da população de golfinhos podia ser revertido, caso as pradarias marinhas fossem protegidas, umas vez que elas são a fonte de alimento dos peixes que por sua vez são comidos por eles.[9][10][2]
Reconhecimentos e Prémios
2015 - Foi distinguida com a Ariane Rothschild fellowship[11]