Rabah Madjer foi considerado o melhor jogador argelino de todos os tempos, demonstrando ao mundo e muito particularmente aos europeus que os grandes jogadores não eram só europeus ou sul-americanos.
Também é conhecido por a "Raposa de Ouro". Segundo muitas revistas de futebol, Rabah Madjer é a melhor lenda esquecida da Europa.
Biografia
Jogador
Madjer nasceu em Hussein Dey nos arredores de Argel, na então Argélia francesa. Aos 14 anos passou a jogar pelas escolas do Onalait d’Hussein-Dey. Dois anos depois estreou-se com a camisola do NA Hussein Dey, iniciando a sua carreira profissional. Em 1978 o clube vence a final da Taça da Argélia e qualifica-se para a Taça africana dos Vencedores das Taças.
Chegou ao FC Porto em 1985 e estreou em 25 de outubro, no Estádio do Restelo, na vitória por 3×2 sobre o Belenenses, onde participou dos três gols do time.[3] Seus dois primeiros golos foram marcados 14 dias depois, no Estádio do Bessa.[3]
Em 1987, o FC Porto fez história e pela primeira vez chegou à final da Taça dos Campeões. Pela frente estava o Bayern München, um gigante do futebol europeu. Após uma primeira parte fraca dos azuis e brancos, o Bayern ganhava por 1×0 e todos acreditavam que o destino estava traçado. Sendo o momento mais alto da sua carreira quando aos 77 minutos uma jogada de Juary pela direita foi magistralmente finalizada por Madjer com um calcanhar “mágico”.[4][5] Como que não satisfeito com um dos mais belos golos de sempre, Madjer avança pelo lado esquerdo e centra para Juary fazer o 2×1, dois minutos depois.
Foi o autor de um golo na vitória da Argélia sobre a Alemanha Ocidental (2x1) na Copa do Mundo de 1982.[5] A Argélia surpreendeu e, por pouco, não foi para a segunda fase, sendo eliminada no saldo de gols.[4]
Em 1990, Madjer liderou a Argélia na conquista de seu único título da Copa Africana de Nações, batendo a Nigéria por 1 a 0.[4] Já havia feito outras ótimas boas campanhas na competição, como vice-campeão em 1980, terceiro colocado em 1984 e 1988 e quarto colocado em 1982.[5]
Foi internacional pela Argélia durante 14 anos, desde 1978 a 1992[5], fazendo 40 golos em 87 internacionalizações.
Treinador
Iniciou a carreira de técnico, começando pela seleção de seu país em 1993, mas brigas com a federação local e a perda da vaga na Copa de 1994 forçaram a sua saída, em 1995.[4][5]
Também comandou a equipe entre 2001 e 2002[13], sendo demitido após a péssima atuação na Copa Africana, onde a Argélia foi eliminada na fase de grupos.[5][8]
Em outubro de 2017, voltou ao comando da Seleção Nacional.[5][8][13]