Filho de imigrantesespanhóis da Andaluzia, nasceu em 1932 na província de Mendoza na Argentina.[2] Desde cedo, foi chamado pelos familiares pelo apelido com que é conhecido, Quino, para diferenciá-lo do tio homônimo, desenhista, com quem já aos 3 anos de idade aprendeu o gosto pela arte.[3]
Em 1945, perdeu a mãe e em 1948, o pai. No ano seguinte, abandonou a Faculdade de Belas Artes com a intenção de se tornar um autor de banda desenhada e logo vendeu o seu primeiro desenho animado, um anúncio de uma loja de seda.[4] Em 1950, estabeleceu-se em Buenos Aires.[5] Por fim, publicou a sua primeira página de humor na revista semanal Esto es. Logo se seguiram outras edições, como Leoplán, TV Guía, Vea y Lea, Damas y Damitas, Usted, Panorama, Adán, Atlántida, Che, o diário Democracia, entre outros.[6] Neste período, também tirou fotos para publicidade.[7]
Publicou as suas coleções primeiro no livro Mundo Quino, em 1963.[5] Nessa época, recebeu uma encomenda de algumas páginas para uma campanha da empresa de eletrodomésticos Mansfield, para a qual desenvolveu uma personagem com um nome parecido com o da empresa, Mafalda. A campanha não chegou a sair, mas a personagem ganhou vida e foi publicada primeiramente na revista Primera Plana em 1964,[8] após ser recusada pelo jornal Clarín.[9]
Entre 1965 e 1967, Mafalda foi publicada no jornal El Mundo, e mais tarde passou a ser impressa também na Itália, Espanha (onde a censura forçou Quino a rotulá-la como "conteúdo para adultos"), Portugal e em outros países. Em 1973, decidiu dar um fim à tirinha, afirmando primeiramente que temia se tornar repetitivo e, depois, dando a entender que temia represálias políticas.[5]
Em 2009, aposentou-se dos desenhos. Após ficar viúvo em 2017, mudou-se de Buenos Aires para Mendoza. Vitimado por um glaucoma que lhe tirava a capacidade de desenhar, Quino reduziu as aparições públicas nos anos finais de sua vida.[9]