O grupo destacou-se desde o início tanto pelas letras irreverentes e bem-humoradas quanto pela qualidade musical, baseada em arranjos sofisticados, fundindo MPB, choro, rock e até mesmo música erudita.[4]
Já em 1979, o samba-de-brequeBrigando na Lua era premiado com o segundo lugar no 1º Festival Universitário de Música Popular Brasileira.[4][3][5] No ano seguinte, o grupo começaria a se celebrizar em apresentações no Teatro Lira Paulistana - um reduto da música independente paulista de então -, ao lado de nomes igualmente emergentes da cena musical paulista como Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e Grupo Rumo.[carece de fontes?] Concorrendo, um grupo que tinha um jovem estudante de Engenharia Agrícola chamado Marcelo Rubens Paiva. Também em 1980, participaram do festival MPB-80, defendendo a música Empada Molotov.[6]
Em 1981, o grupo lançou seu primeiro disco Premeditando o Breque, conseguindo notoriedade no meio universitário e intelectual.[1][2][4][6] Neste período, o Premê era formado por Marcelo (Antônio Marcelo Galbetti), Claus (Claus Erik Petersen), Igor (Igor Lintz Maués), Mário Manga (Mário Augusto Aydar) e Wandy (Wanderley Doratiotto).[2][6][7]
E logo em seguida, em 1982, a banda chegou à etapa final do festival MPB Shell, promovido pela Rede Globo. A canção apresentada no Maracanãzinho lotado foi O Destino Assim o "Quiz" ou simplesmente Lencinho, como ficou conhecida.[6][7][8]
O sucesso nas rádios (1983-1987)
O maior sucesso do repertório viria em 1983, no LP Quase Lindo. Trata-se da canção São Paulo, São Paulo, uma divertida referência a New York, New York, mas adaptada à capital paulista.[7] A canção foi incluída na trilha sonora da novela Vereda Tropical.[9]
Outra canção que ficou conhecida do grupo foi Lua de Mel, do álbum O Melhor dos Iguais, numa época em que Cubatão era considerada uma das mais poluídas cidades do mundo.[10]
O grupo despertou o interesse de uma multinacional, a EMI, e a partir daí lançou, em 1985 e 1986, três LPs - O Melhor dos Iguais, Grande Coisa e Dê Folga ao Seu Programador.[5]
Os discos não tiveram o mesmo sucesso dos anteriores. Segundo alguns críticos, isso ocorreu pelo fato de terem na produção o carioca Lulu Santos, a serviço de uma grande gravadora (dois fatores supostamente contraditórios com a proposta da banda).[11]
Entre 1988 e 1991, o grupo cessou suas atividades.[7]
A volta do grupo (1991-presente)
No ano de 1991, o Premê lançou o álbum Alegria dos Homens pela gravadora Eldorado e 6 anos depois, o show Premê Vivo.[5] Em 2000, um novo show, batizado de "Brasil 500 anos", reavivou a atenção do público pelo grupo. O grupo continua na ativa, mas com shows esporádicos.[12]
Numa votação popular realizada em São Paulo no ano de 2003 para eleger a música-símbolo da cidade, a canção São Paulo, São Paulo ficou em 2º lugar, atrás de Trem das Onze, de Adoniran Barbosa.[9] A canção Rubens foi regravada por Cássia Eller em seu primeiro disco, em 1990 e Carrão de Gás foi regravada pela banda Tubaína em seu CD "Polka Vergonha", de 2000.[carece de fontes?]