Prelúdio é geralmente entendido como uma peça introdutória de outra obra maior, tal como uma ópera ou ballet.[1] Difere da abertura por antecipar temas da obra que antecede (normalmente, nas aberturas, os temas não se repetem no decorrer da obra).
Durante o Medievo, os alaudistas tocavam um prelúdio como forma de aquecer os dedos e preparar a tonalidade.
Os primeiros prelúdios renascentistas notáveis eram peças para órgão tocadas nas igrejas, para introduzir a música sacra, sendo que os mais antigos exemplos dessas peças de que se tem notícia são cinco breves prelúdios (então chamados praeambulum) da Tablatura de Ileborgh, de 1448.[2]Estes foram logo seguidos por prelúdios livremente compostos para o alaúde e outros instrumentos de cordas, num estilo extemporâneo, já que, na época, eram usadas apenas para aquecer os dedos e verificar a afinação e qualidade sonora do instrumento, como é o caso de um grupo de peças de Joan Ambrosio Dalza publicado em 1508, sob o título Tastar de corde conli soi recercar drietro (em veneziano, literalmente, "testar de cordas com os seus ricercar atrás").
Na época de J. S. Bach (1685-1750), o nome "prelúdio" era usado também para a introdução de uma fuga ou tocata. Mais tarde, Chopin (1810 — 1849) também escreveu vários prelúdios, mas, nesse caso, trata-se de peças breves porém independentes, sem o propósito de introduzir outra obra maior.[2][3]