A Praça Israel Pinheiro, mais conhecida como Praça do Papa, é uma importante praça localizada no bairro das Mangabeiras, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Situa-se próxima à base da Serra do Curral, ao final da Avenida Agulhas Negras e a mais de 1.100 m de altitude. Em suas imediações estão outras atrações da cidade, como o Parque das Mangabeiras, projetado por Burle Marx e a Rua do Amendoim, famosa pela ilusão de que objetos sobem livremente uma ladeira.[1]
Homenageando originalmente o político Israel Pinheiro que governou o estado,[2] o nome Praça do Papa consagrou-se após a visita à cidade feita pelo Pontífice João Paulo II que, respondendo a aclamação feita ali por cerca de dois milhões de pessoas que o foram saudar, respondera: "Vocês podem olhar as montanhas atrás e dizer belo horizonte. Vocês podem olhara cidade à frente e dizer belo horizonte. Mas, sobretudo, quando se olhar para vocês, se deve dizer: Que Belo Horizonte!", tendo no lugar do altar sido depois erguido um monumento, marcando assim a mudança de nome do lugar.[3]
É considerada como um dos principais "cartões-postais" da cidade; segundo Marcelo Marinho, que em 2013 presidia a União das Associações de Bairros da Zona Sul, “A Praça do Papa é a área de lazer mais procurada por toda a população de Belo Horizonte, municípios vizinhos e turistas de todos os cantos".[2]
Histórico
O lugar foi o escolhido para a celebração da primeira visita de um Papa à cidade, ocorrida no dia 1 de julho de 1980; o evento não marcou apenas a história da cidade, mas mudou de forma definitiva a praça que, a partir de então, se converteu num dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte.[4]
Ali foi depois erguido o "Monumento à Paz", que se destaca na paisagem urbana da capital mineira; inaugurado em 1983 com uma missa assistida por quatro mil pessoas, foi erguido numa parceria entre os governos municipal e estadual e a Cúria Metropolitana, após sua aprovação pela câmara de vereadores.[5]
Em 2007 o local foi escolhido para a instalação de um "cemitério simbólico" pela organização não-governamentalViva Rio como forma de protestar contra as mil e oitocentas mortes violentas ocorridas no estado no primeiro semestre daquele ano.[6]
Em 2013 foi apontado como principal problema do lugar os bailes funks realizados durantes as madrugadas, com abusos cometidos pelos frequentadores que incomodavam a vizinhança[2]
Monumento
O monumento à paz é composto por uma escultura de 24 metros de altura, com 10 metros de face e 2 metros de largura, feito em três chapas de aço, sendo duas delas em forma triangular e a terceira como retângulo, pesando 92 toneladas.[5] É de autoria do artista plástico Ricardo Carvão e considerada uma de suas obras mais icônicas; Carvão foi escolhido após concurso em que também participaram Amílcar de Castro, Franz Weissmann, Bruno Giorgi e Paulo Laende.[7]
Na simbologia a parte superior, que aponta para o alto representa a fé em Deus e a parte inferior a bênção de Deus; a paz celestial e equilíbrio entre a fé e a bênção seria representada pela parte que divide os dois lados.[5]
Ao lado dele foi erguida uma cruz, que simboliza a cristandade.[5]