Aspecto da praça durante o dia, em 2017, com a fonte luminosa, o Museu de Energia e o Cine Excelsior à direita. O Edifício Themis está ao fundo, à direita.
Seu entorno constituiu a primeira freguesia criada pela colonização portuguesa em Salvador em 1552, sob o nome de Sé ou Salvador.[6] Em 1960, foi delimitado o subdistrito da Sé dentro do distrito homônimo ao município de Salvador, dentro da zona urbana desse município e sem ser dividido em bairros, limitando-se com os subdistritos da Conceição da Praia, do Passo, de Nazaré, de Santana e de São Pedro (do norte ao oeste, em sentido horário).[7] Tal divisão ficou ultrapassada sem atualizações por mais de cinco décadas,[8] até que em 2017 Salvador foi dividida em mais de uma centena e meia de bairros e a lei de 1960 foi revogada,[9] deixando de existir os subdistritos antes previstos, inclusive o da Sé.
História
A praça é originária do processo de demolição de dois quarteirões de prédios antigos que se situavam nas antigas ruas Direita e Rua do Colégio — esta última assim chamada porque levava diretamente ao Colégio e à Igreja dos Jesuítas (atual Catedral Basílica de Salvador), no Terreiro de Jesus. O cenário anterior às demolições (e anterior à praça) foi pintado por Diógenes Rebouças, destacando a rua do Colégio.[10] A antiga Sé Primacial do Brasil que dá nome à praça foi demolida em 1933, embora o nome tenha permanecido.[11] Sua demolição ocorreu para dar lugar aos trilhos dos bondes da Companhia Linhas Circular de Carris da Bahia. Com isso, a praça passou a abrigar os bondes e o Belvedere da Sé, espaço dedicado a lazer, cultura e turismo e com vista para a Baía de Todos os Santos.[2] Assim, o Belvedere da Sé foi explorado por lanchonetes, em aproveitamento até do adro da igreja demolida.[10]
Após a inauguração do Terminal da Lapa, em 1982, a praça degradou-se. Dezessete anos depois, com um projeto do arquiteto Assis Reis, a praça ganhou uma nova perspectiva de belvedere. A mesma reforma que trouxe críticas à destruição do patrimônio histórico (demolição da Igreja da Sé), representada pela Cruz Caída, destruiu o desenho feito em pedras portuguesas que havia no calçamento, substituindo o esse piso por granito. Além disso, seguiu-se uma escavação arqueológica às fundações da antiga Igreja da Sé, a qual resultou na criação de quatro sítios arqueológicos, cujo resgate de objetos e ossos vinha sendo conduzido por uma equipe do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA.[carece de fontes?]
Em comemoração aos 450 anos de fundação de Salvador, foi inaugurado em 29 de março de 1999 o monumento da Cruz Caída. De autoria de Mário Cravo, foi feito em aço inoxidável com 12 metros de altura e sob encomenda da Prefeitura Municipal de Salvador.[3][14] Em 2002, foi inaugurada a fonte luminosa da Praça da Sé, produzida pela empresa espanhola Ghesa.[5]
↑SALVADOR, Lei ordinária nº 1038, de 15 de junho de 1960. Fixa a delimitação urbana e suburbana dos distritos e sub-distritos do Município do Salvador, divide a cidade em bairros e dá outras providências..
↑SALVADOR, Lei ordinária nº 9278, de 20 de setembro de 2017. Dispõe sobre a delimitação e denominação dos bairros do Município de Salvador, Capital do Estado da Bahia, na forma que indica, e dá outras providências..