A Ponte Pênsil, oficialmente denominada Ponte D. Maria II, era uma ponte suspensa que ligava as duas margens do Rio Douro, entre a cidade do Porto e Vila Nova de Gaia, em Portugal.
A cerimónia de início da construção foi celebrada a 2 de maio de 1841,[2] [carece de fontes] ainda que ficasse conhecida como Ponte Pênsil. A construção terminou em 1842, cerca de dois anos depois do início das obras.
Com pilares de cantaria de 18 metros de altura, 170,14 metros de comprimento e 6 de largura, era suportada por 8 cabos (4 de cada lado) constituídos por fios de ferro, transpondo a largura de 155 m do rio.[2] A ponte assegurava um melhoramento no tráfego entre as duas margens, substituindo a periclitante Ponte das Barcas.
A sua construção foi entregue à empresa francesa Claranges Lucotte & Cie, de propriedade do Conde Claranges Lucotte, inserindo-se no plano de construção da futura estrada que ligaria o Porto e Lisboa. O projecto foi da autoria do engenheiro Stanislas Bigot com a colaboração do engenheiro José Vitorino Damásio.[3] Os engenheiros Mellet e Amédée Carruette colaboraram durante a sua construção.[2][4]
Foi inaugurada sem qualquer solenidade a 17 de fevereiro de 1843,[5] durante a ocorrência de grandes cheias do Douro,[6] que obrigaram a desmontar com urgência a Ponte das Barcas.
[carece de fontes] Manteve-se em funcionamento durante cerca de 45 anos, até ser substituída pela Ponte Luís I, construída ao seu lado.
Em 1887, após a inauguração da ponte D. Luís, a ponte pênsil foi desmontada. Restam actualmente os pilares e as ruínas da casa da guarda militar que assegurava a ordem e o regulamento da ponte, assim como a cobrança de portagens para a sua travessia.
Futuro
Em 2006 o professor Álvaro Ferreira Marques Azevedo propôs um projecto desenvolvido pelos alunos da disciplina "Projecto em Estruturas" da Licenciatura em Engenharia Civil da FEUP, que propunha a reconstrução da ponte pênsil, com aproveitamento dos dois pilares que restaram, fazendo contudo uso de novas tecnologias e materiais. Este projecto viria a ser o vencedor do Prémio Secil Universidades - Engenharia Civil 2006.[7]
Como este, vários projectos têm sido anunciados para novas travessias do Douro, mas o assunto parece ser polémico, sendo alvo da contestação de algumas forças partidárias.[8][9][10]
Galeria
Referências
Bibliografia
- Bigot, Stanislas (1843). Pont suspendu de Porto: détails des travaux, suivi de trois planches explicatives (em francês). Lisboa: J.B. Morando. 23 páginas
Ligações externas
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