A Ponte Estaiada do Sesquicentenário Mestre João Isidoro França[1] foi projetada para as comemorações dos 150 anos de Teresina, no estado brasileiro do Piauí. Inaugurada em março de 2010, é um dos mais importantes pontos turísticos da capital piauiense.
Sobre o Rio Poti, a ponte facilita o deslocamento entre as regiões central e leste da cidade.[2]
Características
Trata-se de ponte feita em concreto armado, em tecnologia estaiada, com extensão de 363 metros, distribuída em seis vãos, dos quais três construídos pelo processo de balanço sucessivo e três em processo convencional e com 35 estaios. A plataforma de rolamento possui três faixas de tráfego de 3,10 metros e passeio para pedestre de 2,15 metros. Possui mastro único para estaiamento, que abriga, em seu topo, um mirante a quase 100m de altura, em estrutura metálica, acessível por elevadores e escada de emergência.
Um das grandes preocupações do projeto foi a não agressão ao meio ambiente. Desta forma, diferentemente de outras pontes, não possui colunas de concreto dentro do rio. A execução das obras do sistema viário e ponte estaiada sobre o Rio Poti permitiu a interligação entre as avenidas Dom Severino Alameda Parnaíba.
Homenagem
A Ponte Estaiada Mestre João Isidoro França recebe este nome em homenagem ao primeiro mestre de obras de Teresina, João Isidoro França, em 1848, foi fundamental para a criação da Vila Nova do Poti (primeiro nome de Teresina)
Uma das polêmicas da construção da ponte foi a necessidade de remoção de algumas casas nas suas proximidades, o que acabou acontecendo para dar um melhor acesso. A Caixa Econômica Federal foi responsável pela avaliação das casas. A obra foi alvo de muitas instituições como TCU,TC-PI e CREA.
Em fevereiro de 2010, ocorreu uma paralisação em virtude de reivindicação de reajuste salarial por parte dos operários, gerando paralisação das obras por dezesseis dias. Logo após uma reunião entre o prefeito da cidade, o deputado estadual Cícero Magalhães (PT) e representantes dos trabalhadores, dentre eles Raimundo Ibiapina, presidente do Sindicado dos Trabalhadores na Construção Civil (Sitricon) e o diretor da OAS,a obra pode seguir em andamento.
Mirante
O Mirante fica no topo do único mastro central onde os estaios são sustentados. O equipamento, com cerca de 300m quadrados e capacidade de 100 pessoas, foi projetado para receber turistas. Um mezanino foi construído nos moldes do que fica no mirante da Torre Eiffel que permite uma visão de 360° da cidade. O acesso é pelo lado leste da ponte pela avenida Raul Lopes e através de dois elevadores panorâmicos que possuem capacidade para dez pessoas, sendo que a altura é equivalente a um prédio de 32 andares. O mirante é montado com peças de metal e aço e revertido com cortina de vidro, totalmente climatizado.
O mirante demorou a ser entregue aos visitantes,[3] mesmo com ponte já inaugurada, a demora nos testes dos elevadores e no acesso foi apontada como uma das causas. O mirante foi inaugurado no dia 28 de fevereiro de 2011,[4] quase um ano depois da inauguração da ponte. A prefeitura diz que inicialmente, o mirante só será aberto à visitação nos dias de segunda à sexta-feira, das 10 às 18 horas e será cobrada uma taxa de 3 reais. A capacidade será de até 80 pessoas e o tempo máximo da visita é de 20 minutos. Em 2016, as visitas passaram a ser de terça a sexta das 11h às 19h e sábado, domingo e feriado das 10h às 18h e a duração de 10min.