Pollyana é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Tupi, entre 9 de outubro de 1956 e 17 de janeiro de 1957, em 30 capítulos, substituindo O Volante Fantasma e sendo substituída por Robin Hood.[1] Foi a primeira telenovela infantojuvenil produzida no Brasil, alçada pelo sucesso de seriados voltado às crianças produzidos anteriormente como Sítio do Picapau Amarelo.[2] A novela foi baseada no livro Pollyanna, publicado pela escritora estadunidense Eleanor H. Porter em 1913 e que já havia rendido algumas adaptações para o cinema.
Por ser exibida ao vivo, uma vez que ainda não existia um método de gravação na época, Pollyana era exibida apenas às terças e quintas-feiras. A versão teve autoria de Tatiana Belinky e direção de Júlio Gouveia. Contou com Verinha Darcy, Wilma Camargo, Amandio Silve Filho e Lúcia Lambertini nos papéis principais.
Pollyana foi a primeira telenovela também a ter uma sequência, Pollyana Moça, baseada no livro Pollyanna Grows Up.
Em 2018, o SBT fez uma segunda adaptação brasileira da obra, escrita por Íris Abravanel com o título As Aventuras de Poliana, ganhando uma continuação chamada Poliana Moça, que foi exibida de 21 de março de 2022 a 24 de maio de 2023.
Enredo
A história se passa no interior da Inglaterra. Pollyana é uma menina de onze anos doce e gentil, cujo pai, um missionário humilde, acaba falecendo e ela se vê obrigada a se mudar para Beldingsville, onde vai morar com sua tia Polly, uma mulher rica e severa, a qual ela não conhecia e que não queria cuidar dela, embora sinta que é sua obrigação pela alma de sua irmã – falecida no parto da garota. Apesar das maldades cometidas por Polly, como aprisiona-la no sótão por descumprir as regras, Pollyana encontra em Nancy, a empregada da casa, uma verdadeira amizade. Aos poucos a garota vai conhecendo seus vizinhos, como a melancólica senhora Snow, que vive trancada em casa com suas cortinas fechadas após a morte do marido, o órfão Jimmy, que vive nas ruas, e o senhor Pendlenton, o homem mais rico da cidade, que é infeliz por nunca ter tido filhos.
Pollyana passa a ensinar para as pessoas o "jogo do contente", que seu pai lhe pregava durante as dificuldades da vida, que consistia em pensar positivo e extrair sempre o lado bom das situações, mesmo das mais desagradáveis, como ela ter ficado órfã. Todo otimismo da garota é posto em prova quando ela é atropelada e perde o movimento das pernas, ficando nas mãos dos médicos Dr. Hantom e Dr. Chilton a tentativa de lhe fazer voltar a andar. É nesta fase da história que os ensinamentos de Pollyana florescem e a vizinhança faz todo o possível para que ela entenda o quanto mudou suas vidas e que lhe ajudarão a melhorar.
Elenco
Produção
Em 1956, Tatiana Belinky notou o crescimento substancial de público da adaptação televisiva de Sítio do Picapau Amarelo, na qual ela era autora, e propôs para a Rede Tupi a produção da primeira telenovela voltada ao público infantojuvenil, uma versão do clássico conto Pollyanna, publicado pela escritora estadunidense Eleanor H. Porter em 1913.[3] A trama ficou no ar entre 9 de outubro de 1956 e 17 de janeiro de 1957, trazendo parte do elenco do Sítio, que se revezava na gravação dos dois projetos, incluindo Lúcia Lambertini, Hernê Lebon, Suzy Arruda e David José.[4] Na época ainda não existia um método de gravação de videoteipe, sendo que a novela era transmitida ao vivo e apenas duas vezes por semana, todas as terças e quintas-feiras a partir das 19:30.[5] Em pouco tempo, a trama se tornou o produto de maior repercussão da emissora.[6] Wilma Bentivegna cantava o tema de abertura, a faixa-título "Pollyana".[7]
Referências
Ligações externas
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