As vizinhanças da Grande-Baie sofreram fortes danos ocasionados por uma enchente em 1996. Dez pessoas morreram e 12 mil a 16 mil residentes foram deslocados. Cerca de 500 a 800 imóveis foram destruídos e mais de 1.200 danificados. As estimativas dos danos variaram de 300-700 milhões de dólares canadenses.[3][4][5]
O projeto foi, portanto, visto como uma forma de terapia para ajudar residentes a se recomporem dos eventos traumáticos da enchente,[6] e para revitalizar a área através da construção de uma nova atração turística e artística. Um grupo de cidadãos locais formaram o Comitê de Restauração de Ha! Ha! colocando em frente a ideia de uma nova instalação de arte enquanto buscavam ajuda do artista local Jean-Jules Soucy.[7] Soucy submeteu um design contemporâneo que poderia expressar tanto "originalidade, quanto um senso de humor".[6]
O projeto visava pela total restauração do Rio Ha! Ha!, em cujas margens o monumento está situado, e a construção de um novo parque público na área onde ficava uma ponte, que iria conter uma pirâmide de 21 metros de altura e uma área para apresentações públicas.[6]
O custo do projeto foi estimado em C$ 2 milhões, e foi finalizado em várias etapas. O parque de Ha! Ha! foi completado em 1998 por um total de C$ 1,3 milhão, e foi oficialmente inaugurado durante Festival de Lac-Saint-Jean de 2000. O financiamento foi alcançado através de uma parceria público-privada, incluindo uma campanha de arrecadação que reuniu C$ 300 mil. Finalmente, em 2005, uma praça pública foi completada próximo ao projeto sob o custo de C$ 35 mil.[6]
Descrição
A pirâmide é uma estrutura de alumínio com 21 metros de altura coberta por 3 mil sinais de cedência de passagem com revestimento reflexivo padrão.[1][8] O desenho dos sinais foi observado por Soucy como sendo similar ao delta grego (Δ).[9] Os sinais têm o significado de encorajar as pessoas em ajudarem-se mutalmente, já que a palavra francesa para "ceder" (céder) é pronunciada da mesma forma em s'aider, significando "ajudar-se mutualmente".[10]
Uma escadaria central providencia acesso para o deque de observação que permite a vista de porção do Ha! Ha! do vale do Rio Saguenay.[1] Nas paredes internas da pirâmide há uma série de placas dedicadas às famílias locais com os nomes gravados daqueles que foram diretamente afetados pelo dilúvio.
Reconhecimento
Em 2007, a pirâmide foi uma das três finalistas para o "prêmio do novo desenvolvimento" da Les Arts et la Ville, uma organização sem fins lucrativos que auxilia na vida artística e cultural de pequenas municipalidades.[11]