Em 1443, enquanto o seu pai era Regente de Portugal, D. Pedro foi nomeado Condestável de Portugal, tornando-se assim, na máxima autoridade militar do reino, a seguir ao Rei.
Em 1444 foi também nomeado Mestre da Ordem de Avis.
Em 1448, ao atingir D. Afonso V a maioridade, o seu pai deixa a Regência. O novo Rei, influenciado por D. Afonso, Duque de Bragança, inimigo político do Infante D. Pedro, e cujo filho, o Conde de Ourém, esperava tornar-se ele o Condestável, no lugar de D. Pedro, anula todas as leis promulgadas durante a regência do pai deste. Estes desentendimentos vão levar à Batalha de Alfarrobeira, em que morre o Infante D. Pedro, e ao exílio em Castela do seu filho, onde viveu como escritor.
Em 1454, D. Pedro reconcilia-se tanto com D. Afonso V como com D. Afonso de Bragança, regressando a Portugal e recebendo de volta todos os seus bens e cargos.
Aconselha o Rei sobre a política marroquina[4] e, em 1458, auxilia a tomar a cidade de Alcácer Ceguer e, em 1460, a de Tânger.
Depois de vários reveses militares, e passados apenas três anos da sua chegada, em 29 de Junho de 1466, D. Pedro acaba por morrer de doença (alguns historiadores afirmam que morreu envenenado), na localidade de Granollers, no palácio de João de Montbuy[5], estando sepultado na Igreja de Santa Maria do Mar em Barcelona.
O seu mote era Paine pour joie.
Ordenou um novo retábulo para a capela do Palácio Real, em Barcelona: o retábulo da Epifania do Senhor, também chamado "retábulo de o Condestável", estando aí retratado, obra-prima do pintor catalão Jaume Huguet (1464-1465) (Museu de História de Barcelona)[6].
Obra literária
Aquele a quem o Marquês de Santilhana dirigiu a sua célebre Carta, foi autor, entre outros trabalhos literários: duma novela alegórica em prosa, a Sátira de Felice e Infelice Vida, que terminava com uma extensa poesia (D. Pedro redigiu-a em português antes de lhe dar a forma final, em castelhano); das Coplas del Comtempto del Mundo, em verso de arte maior; e da Tragédia de la insigne Reina Doña Isabel, em prosa e em verso[1][7].
Igualmente Margarida Sérvulo Correia, na sua dissertação de Mestrado, mais tarde editada em livro, sugeriu que teria ele, refugiado em Castela desde 1449 e por lá frequentador dos círculos literários cortesãos, que encomendou o Libro del Infante Don Pedro de Portugal, tal como encomendou e escreveu ele mesmo outras obras em que se exaltava o pai e a dinastia a que ambos pertenciam[8].
Bibliografia
Nobreza de Portugal e do Brasil – Vol. I, páginas 268 a 270. Publicado por Zairol Lda., Lisboa 1989.
↑ abcTorres, Ruy d'Abreu, professor liceal de História (1968), «Pedro, Condestável, D. (1429-1466)», in: Serrão, Joel, Dicionário de História de Portugal, ISBN9726611601, III (ME-SIN), Lisboa: Iniciativas Editoriais, pp. Página 330 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)