Pedro Wladimir do Vale Lira, mais conhecido como Pedro Lyra (Fortaleza, 28 de janeiro de 1945 – Campos dos Goytazaces, 23 de outubro de 2017[1]), foi um poeta brasileiro. Precursor da arte postal no Brasil, foi professor da UFRJ, UENF, UFPB, Unifor, e UFC. Possui vasta produção literária.
Biografia
Pedro Lyra passou a infância em Crateús, CE, seu pai era o promotor da cidade. Concluiu o ginasial em Crateús e foi a Fortaleza para estudos universitários. Em 1967, aos 22 anos, publica Sombras, seu primeiro livro[2].
Graduou-se em Direito e Literatura pela Universidade Federal do Ceará. Foi professor da Faculdade de Letras da UFPb de 1970 a 1972; da Unifor, de 1973 a 1975; da UFC, de 1975 a 1981, quando se transferiu para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde ficou até aposentar-se, em 1997.
Foi integrante da Geração 65. Professor Visitante em universidades de Portugal (1986, 1990), Alemanha (1987) e França (1989-90, 1993), pronunciou conferências nas de Lisboa e do Porto, de Bonn e de Colônia, de Viterbo e de Roma, e de Paris-III/ Sorbonne Nouvelle.
Durante 10 anos, foi colaborador do Jornal do Brasil. Por cerca de 20 anos, a partir de 1984, coordenador da coleção Nossos Clássicos da Editora Agir. Foi sócio titular do PEN Clube do Brasil, seção do Rio. Ex-editor e membro da Comissão Editorial da revista Tempo Brasileiro. Colaborador do Jornal de Letras, Artes e Ideias e da revista Colóquio/Letras de Lisboa; e de Latitudes – Cahiers Lusophones, revista luso-francesa editada em Paris.
Mestre em Poética (1978), Doutor em Letras (1981), pela UFRJ, e pós-doutor em Tradução Poética pela Sorbonne, onde atuou por dois anos (2004-2005) como pesquisador convidado. Compulsoriamente aposentado da Universidade Estadual do Norte Fluminense aos 70 anos, em 2015, continuou em plena atividade produtiva como Professor Visitante/Titular de Poética nessa universidade até sua morte. Sua obra reúne mais de 30 volumes, de poesia, crítica e ensaio.