Ela ocorre logo após a Parábola da Pérola, que tem um tema semelhante. O Tesouro Perdido tem sido retratado por grandes artistas como Rembrandt.
Narrativa bíblica
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«O reino dos céus é semelhante a um tesouro que, oculto no campo, foi achado e escondido por um homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo o que possuía e comprou aquele campo.» (Mateus 13:44)
109. Disse Jesus: O Reino se parece com um homem que possuía um campo no qual estava oculto um tesouro de que ele nada sabia. Ao morrer, deixou o campo a seu filho, que também não sabia de nada; tomou posse e vendeu o campo – mas o comprador descobriu o tesouro ao arar o campo.
A versão da Parábola da Pérola em Tomé aparece antes (verso 76), ao invés de imediatamente depois, como em Mateus[3]. Porém, a menção de um tesouro no verso 76 pode refletir uma fonte para o Evangelho de Tomé no qual as parábolas estavam juntas[3], de forma que o par possa ter sido "separado, colocado em contextos distintos e expandido numa forma típica do folclore"[3]. As múltiplas mudanças de propriedade do campo é uma característica singular de Tomé[3] e pode refletir um tema diferente da parábola do Novo Testamento[4].
Interpretação
Esta parábola é geralmente interpretada como ilustrando o grande valor do Reino dos Céus e, portanto, tem um tema semelhante à Parábola da Pérola. John Nolland comenta que a sorte demonstrada na "descoberta" reflete um "privilégio especial",[5] e uma fonte de alegria, mas também reflete um desafio,[5], como o homem da parábola, que abre mão de tudo o que tem a para reivindicar o maior tesouro que ele já encontrara.
As primeiras duas parábolas são destinadas a instruir os crentes a preferirem o Reino dos Céus ao invés do mundo inteiro e, portanto, negarem a si mesmos e a todos os desejos da carne, para que nada possa impedi-los de obter um bem tão valioso. Precisamos muito de tal advertência; pois estamos tão fascinados pelas seduções do mundo que a vida eterna desaparece da nossa vista; e, em conseqüência da nossa carnalidade, as graças espirituais de Deus estão longe de serem estimadas por nós na medida que merecem.
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— João Calvino, Comentários sobre Mateus, Lucas e Marcos - volume 2[6].
A natureza oculta do tesouro pode indicar que o Reino dos Céus "ainda não foi revelada a todos."[4] No entanto, outras interpretações da parábola existem, nas quais o tesouro representaria Israel ou a Igreja .[7]