Além de «painço», dá pelos nomes comuns: milho-miúdo[5],milhete[6], milho-alvo,[7]mileto[8] ou pão-de-passarinho[9], painço-vermelho, painço-branco e milheto.[1]
O epíteto específico, miliaceum, que é uma inflexão do étimo latinomiliaceus,[12] o qual por seu turno remete para o milho-miúdo.[13]
Do que toca ao nome comum «painço», este consiste numa corruptela do étimo latino que serve de nome genérico para esta espécie, panicum.[14]
História
As designações de «milho», «milhos» e «painço» aparecem com frequência nos autores portugueses do século XVI.[15] À medida que os portugueses foram conhecendo novas terras, já nalgumas delas o «milho» era um alimento sobremaneira importante e não raros são os autores mencionam as «lavras de milho» nas terras com que iam contactando.[15]
Até ao século XVI, isto é, até ao contacto dos povos europeus com o Novo Mundo, o substantivo «milho» era dado indistintamente a várias espécies do Velho Mundo, pelo que a simples indicação do nome não permite à historiografia moderna verificar qual a espécie ou espécies a que os autores se referem concretamente.[15]
Veja-se que em Portugal, historicamente, o nome genérico «milho» também se dava à espécie Panicum miliaceum L.. [15]
Distribuição
A distribuição original do painço radica da Ásia Central,[1] sendo certo que, segundo certos autores, as suas origens primordiais serão o subcontinente indiano e a região de Mianmar.[16][17]
Cresce braviamente na Europa Central, entre charnecas e arneiros.[18] Podendo, inclusive despontar espontaneamente em jardins, mercê das sementes terem sido dispersadas na bicarrada de aves.[19]
Em termos de naturalidade é introduzida nas três regiões atrás referidas.
Protecção
Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.
Ecologia
O painço adapta-se bem a quase qualquer tipo de solo e condições climatéricas, tem um período de crescimento curto e não precisa de muita água para viçar.[20] Dentre todas as variedades dos cereais principais, prima por ser a menos carente de água.[21] Destarte, é um cultivar que prospera em cultivos de sequeiro.[22]
↑ abGovaerts & al. {{{3}}}. Panicum miliaceum em World Checklist of Selected Plant Families. The Board of Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew. Publicado na internet. Accesso: Panicum miliaceum de {{{2}}} de {{{3}}}.
↑Wolfgang Franke: Nutzpflanzenkunde. Nutzbare Gewächse der gemäßigten Breiten, Subtropen, und Tropen. 4. Auflage, Thieme, Stuttgart 1989, S. 101. ISBN 3-13-530404-3