Este artigo documenta os impactos da pandemia de coronavírus 2019-2020 em Cuba e pode não incluir todas as principais respostas e medidas contemporâneas.
Linha do tempo
Março
Em 11 de março de 2020, os três primeiros casos em Cuba foram confirmados.[1] Aqueles que deram positivo para a doença foram três turistas italianos. Eles foram mantidos em isolamento no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri, em Havana.[2]
Em 12 de março, um quarto caso confirmado foi anunciado. Era um cubano, cuja esposa chegara de Milão, Itália, em 24 de fevereiro, e que começara a apresentar sintomas em 27 de fevereiro. O marido começou a apresentar sintomas em 8 de março. Ambos foram testados e ele foi positivo. A esposa foi declarada negativa porque a doença havia terminado.[3][4]
Em 16 de março, o navio MS Braemar, com mais de 1 000 passageiros a bordo, atracou em Cuba depois de ser rejeitado pelas Bahamas. Pelo menos cinco passageiros testaram positivo para coronavírus (Covid-19). Cidadãos britânicos pegaram voos de volta para sua terra natal depois que os dois governos chegarem a um acordo sobre seu repatriamento.[5][6]
Em 18 de março, o governo registrou a primeira morte pelo vírus no país.[7]
Em 23 de março, as autoridades em Cuba aumentaram o número de pacientes com coronavírus para 48.[12]
Em 30 de março, a quantidade de casos confirmados de coronavírus é de 170, com 4 mortes.[13]
Abril
Com efeito a partir da meia-noite de 1º de abril, Cuba suspendeu a chegada de todos os vôos internacionais.[14]
Em 4 de abril, as autoridades de Cuba elevaram o número de pacientes com coronavírus para 288.[15]
No dia 9 de abril, Cuba decidiu que a partir do dia 11, todo o transporte público será suspenso para impedir que o vírus se espalhe pela ilha.[16] Nessa data o país registrava 386 casos confirmado e 11 mortes.[17]
No dia 11 de abril, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel criticou o embargo imposto pelos Estados Unidos à ilha.[18] Diaz-Canel, classificou que o embargo em tempos de pandemia é "ainda mais cruel". [19][20] O embargo vem impedindo a chega da máscara e testes de COVID-19 para o país.[21][22] Nessa data, o país registrava 515 casos e 15 mortes.[23]
Em 15 de abril, foram registrados 755 casos de COVID-19 em Cuba, um total de 18.856 testes foram realizados até o momento.[24]
No dia 20 de abril, o país registrava 1.087 casos e 36 mortes.[25]
Maio
Em 12 de maio, novos casos haviam caído para menos de 20 por dia, e um programa de testes em massa estava sendo iniciado.[26][27][28]
Em 15 de maio, o país registrava 1 840 casos, 79 mortes e 1 425 pacientes recuperados.[29]
Em 20 de maio, o país registrava 1 900 casos confirmados e 79 mortes.[30] O país registrou uma semana sem novos mortos.[30]
Junho
No dia 2 de junho, o país registrava 2 092 casos confirmados, 1 827 pacientes recuperados e 83 mortes.[31] No dia 11 de junho de 2020 Cuba iniciou o semiconfinamento.
Em 11 de junho, após registrar onze dias sem nenhuma nova morte pelo coronavírus, o país registrou mais uma morte.[32] O paciente era um homem de 80 anos que sofria de doenças crônicas segundo o médico Francisco Durán, diretor nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde Pública.[33]
Julho
Em 2 de julho, Havana era o último reduto do vírus no país, como o país conseguiu controlar cada vez mais o vírus, após um forte confinamento, a capital começou a voltar ao seu cotidiano normal.[34][35]
Em 15 de julho, o jogador de futebol português Cristiano Ronaldo que atuava pela Juventus nesse período, doou camisetas autografadas para os médicos cubanos enviados a Itália, como forma de agradecimento pelos serviços de ajuda humanitária prestados no país.[36][37][38]
Em 16 de julho, o país registrava 2.438 casos confirmados, 2.277 pacientes recuperados e 87 mortos.[39]
Agosto
No dia 10 de agosto de 2020, após 93 novos casos em Havana, o Minsap (Ministério de Saúde Pública Cubano) decidiu suspender o transporte público da capital.[40] Após essas medidas, o governo cubano optou pelo lockdown novamente, fechando bares, clubes e piscinas públicas.[41] Neste contexto, Cuba registrava 2.900 casos e 88 mortes.[41][42]
O país começou a testar a vacina cubana (Soberana 01), em pequenos grupos humanos.[43] O objetivo é que a vacina fique pronta até fevereiro de 2021.[44][45]
Efeitos
Economia
Os efeitos econômicos no país foram duros, pois além do embargo econômico sofrido pela ilha pelos Estados Unidos, a chegada do vírus desacelerou a economia cubana.[46] Um dos pilares econômicos de Cuba é o turismo, e devido a pandemia teve-se que restringir o fluxo de visitantes estrangeiros no país, afetando fortemente o setor.[47]
Em alguns lugares do país, teme-se o desabastecimento e o racionamento de produtos começou a ser colocado em prática.[47]