Na década de 30, ergueu-se uma edificação próxima ao lago do Horto, com o objetivo de ser a casa do administrador do Serviço Florestal. Em 1949, entretanto, por sua localização privilegiada, bem como pelo clima ameno, o local foi transformado por decreto em residência de verão do governador, durante a gestão Ademar Pereira de Barros.
O Palácio do Horto possui arquitetura eclética, congregando elementos internos de chaléssuíços com o exterior em estilo inglês. Em alusão às características de sua fachada, o edifício é por vezes denominado “Casa das Janelas Verdes”. Seus cômodos exibem valiosas gravuras, mobiliário nobre e espécimes raros. No entorno da residência há um amplo jardim, com 90% de árvores nativas, separado da área do Horto Florestal.
O acervo do Palácio do Horto tem origem nas aquisições feitas na década de 70 pelo governo do estado para decorar suas instalações, além da reorganização das coleções de objetos históricos e artísticos empreendida após a criação oficial do Acervo dos Palácios do Governo de São Paulo, em meados da década de 80.
Compõe-se de pinturas de artistas brasileiros, como Cláudio Tozzi e Di Cavalcanti, retratando paisagens, flores e animais, em conformidade com o ambiente onde o palácio se insere. Também possui mobiliário e objetos de arte aplicada, com objetivo decorativo e funcional. Não obstante, o destaque maior da coleção cabe a um raro e amplo conjunto de litografias de estudos botânicos, executados por João Barbosa Rodrigues, referentes à catalogação de diversas espécies de palmeiras encontradas no território nacional.[2]
Comissão de Patrimônio Cultural da Universidade de São Paulo (2000). Guia de Museus Brasileiros. São Paulo: Edusp. 417 páginas
Silva, Heloísa Barbosa; et al. (1994). Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Valladares, Clarival do Prado (1998). Acervo Palácio Bandeirantes. São Paulo: Serasa