Remonta a uma fortificação anterior, que, no século XIII, Carlos III, o Nobre, fez ampliar, com a função de palácio real, dotando-a de todo o esplendor necessário. Essa campanha construtiva conferiu-lhe um carácter cortesão, privilegiando os aspectos residenciais.
A partir de então, o palácio real de Olite conheceu um período de abandono, em que se iniciou a sua deterioração. Esse processo culminou com o seu incêndio, por ordem do guerrilheiro Francisco Espoz y Mina durante a Guerra da Independência Espanhola (1813), receoso de que ele servisse como quartel para as tropas napoleónicas.
O actual aspecto do conjunto deve-se a uma restauração promovida no início do século XX, com projecto a cargo dos arquitectos José e Javier Yárnoz, vencedores de um concurso para esse fim. A intenção foi a de recuperar a estrutura original do palácio, embora os trabalhos tenham ficado inconclusos. Desse modo, podemos distinguir, hoje, o que corresponde ao edifício original e o que se deve à restauração. De qualquer forma, a riquíssima decoração interior de suas paredes encontra-se perdida para sempre, do mesmo modo que os jardins que o cercavam.
Características
O conjunto é formado pelas edificações, jardins e fossos, rodeados por altas muralhas, amparadas por numerosas torres. Em seu auge, chegou a ser considerado como um dos mais belos da Europa. Uma das suas características é a aparente desordem de sua planta. Isto se deve a que a sua construção nunca obedeceu a um projecto de conjunto, creditando-se o resultado final às sucessivas obras de ampliação e reformas que se lhe sucederam entre o final do século XIV e o início do século XV.
Nele podem ser identificados dois recintos: o chamado Palácio Velho, actualmente reconvertido em um Parador Nacional de Turismo, e o Palácio Novo.
Bibliografia
Mariano Carlos Solano y Gálvez, Marqués de Monsalud "El Palacio Real de Olite,"Boletín de la Real Academia de la Historia, 49 (1906), pp. 435–447.