Escreveu mais de 40 livros na carreira, bem como contos, livros infantis e ensaios. Sendo bem-sucedida na escrita, podia viver uma vida confortável e sua casa vivia cheia de personalidades da época. Um de seus livros mais famosos, Under Two Flags, fala da presença britânica na Argélia e foi adaptada para o teatro e para o cinema várias vezes. O escritor Jack London a tinha em grande consideração. O estilo luxuoso de vida acabou levando-a à falência e seus trabalhos foram levados a leilão na esperança de pagar suas dívidas.[2]
Biografia
Maria Louise nasceu em 1839, em Bury Saint Edmunds, Condado de Suffolk.[3] Sua mãe, Susan Sutton, vinha de família de comerciantes e seu pai era francês. Seu apelido, Ouida era uma forma de se pronunciar Louise quando criança.[3]
Em 1867 mudou-se para o Hotel Langham, em Londres, onde dizia-se que escrevia na cama, à luz de velas, com as cortinas fechadas e rodeada por flores de cor púrpura. Suas contas tanto de hotel quanto de floricultura eram imensas, bem como a fila de convidados que visitavam sua suíte para os saraus literários, como Oscar Wilde, Algernon Swinburne, Robert Browning e Wilkie Collins. Muitos de seus personagens foram retirados das longas noites de conversas literárias.[4]
Por muito anos viveu em Londres, mas 1871, mudou-se para a Itália. Em 1874, instalou-se em Florença com sua mãe e lá tentou estabelecer uma carreira de escritora. Primeiro alugou um apartamento em Palazzo Vagnonville e depois se mudou para Villa Farinola, em Scandicci, pouco mais de três quilômetros de Florença, onde vivia no luxo, recebendo convidados, colecionando obras de arte, vestindo-se com roupas caras, cavalgando e tendo vários cães, os quais amava e cuidava com esmero.[4]
Escreveu não apenas obras de ficção, mas também ensaios e críticas para revistas literárias, ainda que não fosse remunerada por isso. Usava os lugares onde morava e por onde passava como locais para seus enredos em seus livros, tornando amigos queridos e parentes em personagens.[4]
Últimos anos e morte
Ainda que tenha alcançado um grande sucesso na carreira de escritora, Maria Louise gastou demais em luxos e viagens. Uma pensão lhe foi oferecida pelo primeiro-ministro, Sir Henry Campbell-Bannerman, que ela aceitou relutantemente. Vivia na Itália, onde morreu em 25 de janeiro de 1908, aos 69 anos devido a uma pneumonia. Ela foi sepultada no cemitério inglês em Bagni di Lucca.[3]
Referências
↑Encyclopedia, Britannica. «Ouida.». Consultado em 15 de janeiro de 2008
↑«Maria Louise Ramé»(PDF). Universidade da Flórida. Consultado em 19 de dezembro de 2019